Facebook elimina perfis de grupos supremacistas após violência em Charlottesville

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Homenagem à vítima do ataque em Charlottesville Reuters/JUSTIN IDE

A rede social Facebook eliminou da sua plataforma os perfis de vários grupos supremacistas brancos e neonazis após os distúrbios racistas do passado fim-de-semana em Charlottesville, no estado norte-americano de Virgínia.

O portal Buzzfeed informou na terça-feira, citando fontes do Facebook, que a rede social eliminou nos últimos dias as páginas de grupos como "Right Winged Knight", "Awakening Red Pill", "Physical Removal", "Genuine Donald Trump", "Awakened Masses", "White Nationalists United" e "Vanguard America".

“Os nossos corações estão com as pessoas afectadas pelos trágicos eventos de Charlottesville”, afirmou um porta-voz do Facebook num comunicado citado pelo portal especializado Techcrunch.

“O Facebook não permite discursos de ódio ou elogios de actos terroristas ou crimes de ódio, e estamos a eliminar, de forma activa, qualquer publicação que glorifique o horrendo acto cometido em Charlottesville”, acrescenta o comunicado.

Um neonazi foi detido por matar, no sábado, uma mulher, ao investir com o seu carro contra um grupo de manifestantes antifascistas que protestavam contra a marcha de extrema-direita em Charlottesville.

O crime gerou uma onda de críticas e condenações aos grupos racistas, tanto pelo Partido Republicano como pelo Democrata, mas o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou por atribuir responsabilidades a “múltiplas partes”.

Posteriormente, Trump condenou, na segunda-feira, de forma explícita o Ku Klux Klan, os neonazis e os supremacistas brancos que protagonizaram os incidentes, mas numa nova conferência de imprensa, na terça-feira, em Nova Iorque, o Presidente norte-americano voltou à sua tese inicial e responsabilizou “os dois lados”.

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