Universidade do Minho será a primeira com certificação de qualidade

Reconhecimento estende-se às várias áreas da universidade, desde a componente lectiva à investigação. Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior já deu o aval.

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O impacto económico directo da UM na região ascende a 100 milhões de euros Paulo Ricca

A Universidade do Minho (UM) será a primeira instituição de ensino superior portuguesa a concluir o processo de certificação de qualidade das suas actividades.

A reitoria antevê que, em Janeiro, deverá ter o selo aprovado, depois de uma auditoria feita no mês passado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que teve nota positiva. O reconhecimento estende-se às várias áreas da universidade, desde a componente lectiva à investigação.

A A3ES tem competências atribuídas para avaliar os procedimentos de qualidade no ensino superior e lançou um projecto-piloto há dois anos integrado pelas principais instituições do sector. A UM é a universidade com o processo mais avançado, tendo lançado um Sistema Interno de Garantia de Qualidade no ano lectivo 2010/2011 com o objectivo de monitorizar as suas actividades.

O sistema tem “uma dupla dimensão de apoio ao planeamento e promoção da qualidade, bem como de informação e prestação de contas à sociedade”, explica a vice-reitora da UM Graciete Dias. A certificação será também determinante para assegurar a autonomia da universidade na criação e avaliação de cursos, uma vez que a A3ES criará um mecanismo de acreditação simplificado para as instituições de ensino superior com sistemas internos de qualidade reconhecidos.

A UM foi também a primeira a apresentar um relatório de sustentabilidade, em que avalia os impactos das suas actividades em termos económicos, sociais e ambientais. O documento foi dado a conhecer nesta quinta-feira e está disponível para consulta online.

O estudo reporta-se ao ano 2010, apresentando um impacto indirecto da universidade na economia da região de 100 milhões de euros (70% dos quais no concelho de Guimarães). A instituição é também responsável pela criação de 4400 empregos, a maioria deles preenchidos por habitantes da região.

Já a nível ambiental, o relatório aponta que “é possível melhorar o desempenho” da instituição e sugere a criação de um sistema de gestão de resíduos em toda a UM que permita quantificar os que são passíveis de serem reciclados e cada unidade orgânica.

 
 
 
 

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