Técnicos de diagnóstico e terapêutica marcam nova greve para o fim do mês

Sindicatos tinham desconvocado uma greve em Maio, mas voltaram agora a marcar uma paralisação, depois de as Finanças não darem luz verde aos diplomas das carreiras.

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Fábio Augusto

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE) convocaram uma greve para o próximo dia 29, que se prolongará por tempo indeterminado. Já o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica agendou uma greve para os dias 21 e 22 deste mês e, por tempo indeterminado, a partir do 29, além de marcar uma manifestação para Lisboa no dia 21. A paralisação pode afectar áreas tão diversas como as análises clínicas, a radiologia e a fisioterapia, entre outras. 

Os sindicatos exigem a imediata aprovação dos projectos de diploma de revisão e criação das carreiras de técnicos superiores nestas áreas, que não terão passado pelo crivo das Finanças. Serão cumpridos serviços mínimos, nomeadamente os prestados a doentes oncológicos em quimioterapia e radioterapia e aos pacientes em situação clínica de alimentação parentérica, tal como as situações urgentes.

No pré-aviso de greve enviado pelo SINTAP, exige-se “o cumprimento dos acordos celebrados” em 12 de Dezembro e 18 de Maio passados. Os acordos estipulavam a aprovação pelo Governo dos diplomas de revisão das carreiras já no corrente mês, mas “ficaram comprometidos pela posição da Secretaria de Estado do Orçamento que impediu a aprovação dos referidos diplomas em sede de Conselho de secretários de Estado”, critica o sindicato.

De igual forma, o SINDITE contesta a “inviabilização dos procedimentos negociais” que passaria pela publicação dos regimes de transição de carreira, de avaliação do desempenho, dos concursos e das tabelas salariais.

Em Maio, os sindicatos tinham desconvocado uma paralisação depois de o Ministério da Saúde ter demonstrado abertura para negociar e na sequência da assinatura de um “compromisso negocial devidamente calendarizado” para responder às reivindicações que estão na base da convocação da greve.

Os dirigentes sindicais reclamam que o processo de revisão de carreira seja finalizado, alegando que o processo tem um atraso de muitos anos anos. A área de trabalho abrange 22 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais. Os profissionais alegam que são actualmente o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação. O processo de revisão de carreira começou em 2014.

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