Suspeito de ter matado a mulher atingido a tiro pela polícia no Funchal

Em Lisboa, ocorreu outro femicídio, cometido por um agente da Polícia Municipal que se suicidou.

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daniel rocha

Uma mulher de 36 anos foi repetidamente esfaqueada acabando por morrer, no Funchal, na madrugada desta sábado. O companheiro e principal suspeito terá tentado depois suicidar-se, mas, com a chegada da PSP, resistiu à detenção. Acabou por ser baleado numa perna, disse fonte da polícia ao PÚBLICO.

Natural de Lisboa, mas há vários anos a viver na Madeira, o suspeito, de 43 anos, foi submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital Central do Funchal, onde se encontra a recuperar, sob fortes medidas de segurança.

O crime ocorreu no apartamento da vítima, na Ajuda, uma área residencial de classe média-alta da zona oriental do Funchal. Segundo relatos das equipas de socorro, a vítima, jurista na Loja do Cidadão do Funchal, foi esfaqueada múltiplas vezes, tendo depois o suspeito escrito uma mensagem com o sangue desta numa das paredes da residência.

A mulher tinha um filho menor, com cerca de 8 anos, de um anterior relacionamento, que não foi possível apurar se estaria em casa no momento do crime.

Também o suspeito, divorciado, tem um filho de 9 anos do anterior casamento. O homem, que foi atleta do Sporting, na modalidade de atletismo, exerceu várias actividades na Madeira, sempre ligadas ao desporto. Integrou a equipa de preparadores físicos dos escalões de formação do Marítimo, trabalhando ainda no ginásio do clube como personal trainer.

Depois de uma passagem por outro ginásio do Funchal, e de um período de desemprego, abriu a empresa Runner Factory, dedicada à preparação de amadores para provas de atletismo. A Polícia Judiciária tomou conta do caso.

Em Lisboa, por volta das 21h, as autoridades receberam ontem o alerta para outro femicídio. Um agente da Polícia de Segurança Pública que estava ao serviço da Polícia Municipal de Lisboa, com 55 anos, terá matado a tiro a mulher, de 52 anos, suicidando-se de seguida.

A informação de que o autor do crime pertencia à PSP foi confirmada ao PÚBLICO pela porta-voz da instituição, a subcomandante Helga Fiúza, que não adiantou mais informações, por o caso estar a ser investigado pela Polícia Judiciária. O homicídio ocorreu na Calçada da Tapada, no bairro da Ajuda, em Lisboa. O casal tinha três filhos.

Mais de 450 mulheres foram assassinadas em Portugal por companheiros ou ex-companheiros nos últimos 12 anos. com J.G.H.

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