Situação em Coimbra melhorou devido à abertura de dique

Sistema automático permitiu aliviar pressão nas margens durante a noite, alagando campos agrícolas.

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Imagens das inundações em Coimbra neste domingo Adriano Miranda
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A subida das águas do Mondego em Coimbra levou à abertura do sistema de diques fusíveis. O autarca da cidade, Manuel Machado, já tinha admitido essa possibilidade ao final da tarde de sábado.

A abertura dos diques localizados numa zona próxima do Choupal permite aliviar a pressão nas margens a montante do dique, descarregando a água nos campos agrícolas do Baixo Mondego. “O dique fusível funciona automaticamente. Quando o leito do rio atinge determinada pressão, o dique abre e espraia a água nos campos agrícolas”, explicou ao PÚBLICO o comandante Carlos Tavares, do Comando Distrital de Operações de Socorro.

O comandante afirma que, caso tal não tivesse acontecido, teria havido “consequências mais graves”. A abertura dos diques, em conjunto com a melhoria das condições meteorológicas, contribuiu para que a situação não piorasse durante a noite.

No sábado, já depois de ter accionado o plano de emergência de cheias, o município de Coimbra emitiu um alerta às populações residentes em zonas ribeirinhas para que se precavessem, de forma a minimizar os estragos.

No Cabouco, a sul de Coimbra, na margem do rio Ceira, a situação já evoluiu em relação a sábado. O rio galgou a margem e ameaçou cerca de 30 habitações, mas Carlos Tavares diz que o nível da água já baixou.

Entre a meia-noite e as 12h deste domingo, as autoridades registaram várias ocorrências de quedas de árvores, deslizamento de terras e inundações. Muitas estradas e caminhos foram cortados, avançou o CDOS, embora não seja ainda possível calcular um número exacto.  

Até agora, os concelhos mais afectados situam-se no interior do distrito, mas o Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou sete distritos sob “aviso vermelho”, o mais elevado numa escala de quatro, devido à previsão de agitação marítima. Montemor, Soure e Coimbra mantém-se “sob efeito de cheia”, refere o responsável.

O Centro de Ciência Viva de Coimbra, localizado perto do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, também sentiu o efeito da subida do Mondego. Neste domingo, o Exploratório abriu de forma apenas parcial “por motivos de segurança”, tendo sido afectado “de forma mais intensa” do que o registado nas cheias de Janeiro.

A nota da direcção do Exploratório refere que a zona exterior foi a mais afectada, com oficinas, arrecadações bem como uma área de módulos interactivos “totalmente submersas”. O espaço, ainda que de forma parcial, deve manter o horário de funcionamento normal, caso as condições não se alterem. 

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