Sete mil portugueses nas Jornadas Mundiais da Juventude

Encontro com o Papa Francisco começa nesta terça-feira na cidade polaca de Cracóvia. Portugal é o 9.º país mais representado.

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Em Cracóvia são esperados 335 mil jovens dos quatro cantos do mundo AFP/JANEK SKARZYNSKI

Perto de 7000 jovens portugueses participam a partir desta terça-feira na 16.ª edição das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), a reunião magna que a Igreja Católica dedica aos jovens de todo o mundo e que decorre este ano na cidade polaca de Cracóvia. Ao todo estão inscritos 335 mil jovens no encontro, que termina no próximo dia 31 e onde participará o Papa Francisco.

Na Polónia estão já “representantes das 20 dioceses portuguesas e de vários movimentos juvenis como o Corpo Nacional de Escutas, salesianos e marianos”, disse ao PÚBLICO o padre Eduardo Novo, director do departamento nacional da pastoral juvenil. Segundo a agência Ecclesia, o órgão de informação oficial da Igreja Católica portuguesa, Portugal é o nono país com mais jovens a participar nas jornadas. A anfitriã Polónia, com 80 mil jovens, lidera esta lista, seguindo-se Itália e Espanha.

Um inquérito online realizado pela empresa de sondagens GAD3 a mais de 7400 inscritos nas jornadas mostra que a idade média dos participantes é de 22 anos e que cerca de 65% são mulheres. A maioria dos peregrinos dizem que participam nas jornadas para se encontrarem a si mesmos através de Deus, para se encontrarem com o Papa Francisco e ainda para viverem novas experiências.

Segundo Eduardo Novo, o que se pretende com estes encontros é, “em primeiro lugar, a manifestação da fé em que a juventude de todo o mundo vem ao encontro do Papa porque reconhece a sua fé, porque quer expressar vivamente este dom de viver e este compromisso com a vida na transformação”. O padre destaca ainda a “oportunidade para que cada um se descubra a si mesmo, a saber conhecer e a saber colocar-se ao serviço da humanidade, ao serviço do outro”.

O tema principal desta 16.ª edição das jornadas é Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia, e o objectivo é ajudar os jovens a compreenderem “o sentido das obras da misericórdia” mas também ajudar cada um “a descobrir o rosto de Deus, este Deus que é ternura, este Deus que é amor, e a partir dessa descoberta, deste reavivar, pretende-se reavivar também o dom e os talentos que cada um tem em si”, explica o responsável pela pastoral juvenil, acrescentando que o momento mais ansiado pelos jovens é a celebração com o Santo Padre.

Eduardo Novo destaca ainda a LusoFesta, momento de encontro entre todos os jovens portugueses que se realizará quarta-feira e onde participarão o seleccionador nacional de futebol, Fernando Santos, e a fadista Cuca Roseta.

As Jornadas Mundiais da Juventude começaram em 1985, por iniciativa de João Paulo II, após o sucesso de um primeiro encontro promovido em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A partir daí cada jornada passou a realizar-se anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, e a cada dois ou três anos a nível internacional, numa grande cidade.

Texto editado por Tiago Luz Pedro

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