Rendas e vendas de fogos de habitação social somaram cerca de 73 ME

A receita média por fogo, considerando as rendas cobradas e a venda de fogos, foi 610 euros, enquanto a despesa média por casa, foi 486 euros, tendo em conta as despesas com obras e encargos fixos.

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Câmaras vão poder investir na reabilitação de bairros sociais, pelo lado da eficiência energética Adriano Miranda

As receitas resultantes da cobrança de rendas e da venda de fogos de habitação social totalizaram cerca de 73 milhões de euros em 2015, de aconrdo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta segunda-feira.

A receita média por fogo, considerando as rendas cobradas e a venda de fogos, foi 610 euros, enquanto a despesa média por casa, considerando as despesas com obras e os encargos fixos, foi 486 euros, segundo o Inquérito à Caracterização da Habitação Social relativa a 2015.

A Área Metropolitana de Lisboa registou a maior receita média por fogo (681 euros), principalmente devido às receitas de cobrança de rendas.

Já a região do Algarve registou o maior valor médio de despesa por fogo (900 euros).

Os dados do INE revelam também que as despesas associadas ao parque de habitação social, relacionadas com obras de conservação e reabilitação e os encargos fixos, somaram cerca de 58 milhões de euros.

"O saldo entre receitas e despesas foi assim positivo em 2015 (+14,8 milhões de euros), destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa com o maior saldo positivo (9,9 milhões de euros) e a região do Algarve com o maior saldo negativo (-1,7 milhões de euros) ", sublinha o inquérito.

Segundo os dados, as rendas cobradas representaram 73,8% das rendas previstas, enquanto no anterior inquérito, realizado em 2012, a receita cobrada foi ligeiramente superior à prevista.

O valor acumulado de rendas em dívida atingiu, em 2015, cerca de 80 milhões de euros, ultrapassando o valor das rendas cobradas no ano, refere o INE, observando que a maior concentração das rendas em dívida (73,4%) registou-se na Área Metropolitana de Lisboa.

O inquérito aponta ainda que 9.437 fogos de habitação social foram alvo de obras de reabilitação.

"Em termos relativos, em 2015 os municípios e outras entidades proprietárias e gestoras de habitação social realizaram mais obras de reabilitação em fogos (7,9%) que na conservação em edifícios (7,7%), contrariamente ao registado em edições anteriores do inquérito", salienta.

A região norte foi a que registou maior número de edifícios (686) e de fogos (3789) reabilitados e foi também a única em que a percentagem de edifícios sujeitos a obras de conservação (11,2%) foi superior à das casas reabilitadas (9%).

Em 2015, Portugal tinha 120 mil fogos de habitação social, que representavam dois por cento do parque habitacional total. 

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