Suspensa licença de clínica de tratamentos com injecções de vitaminas

Clínica Reviv Lisbon dizia fazer tratamentos com soro e injecções com misturas de vitaminas, nutrientes, aminoácidos e até medicamentos

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Marco Duarte

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) suspendeu a licença de funcionamento de uma clínica em Lisboa que vendia tratamentos com injecções de vitaminas e nutrientes e que a Ordem dos Médicos tinha pedido para ser investigada. A informação foi divulgada no site da Ordem dos Médicos e confirmada esta segunda-feira à Lusa por fonte oficial da ERS.

As ordens dos médicos, dos enfermeiros e também dos farmacêuticos requereram ao regulador que fosse efectuada uma inspecção à Reviv Lisbon, apresentada como uma clínica que fazia tratamentos com soro e injecções com misturas de vitaminas, nutrientes, aminoácidos e até medicamentos.

Os pedidos de uma intervenção inspetiva surgiram em Maio e, no dia em que a inspecção à Reviv Lisbon estava agendada, o estabelecimento encontrava-se fechado e a clínica não reabriu desde então, segundo confirmou  fonte oficial da ERS. Entretanto, o regulador suspendeu a licença de funcionamento do estabelecimento e, caso a empresa pretenda reabrir, terá de submeter um novo pedido e sujeitar-se a uma vistoria prévia.

A Reviv Lisbon obteve, no dia 2 de Fevereiro deste ano, a sua licença para actuar na área da “medicina geral e familiar”, com autorização para exercer a atividade como “centro de enfermagem” e “clínica ou consultório médico”.

A clínica prometia no seu site vários serviços: “A gama de tratamentos de bem-estar inclui intravenosas (IVs), como Hydromax, para repor a hidratação, Ultraviv, para ajudar na recuperação da ressaca e de doenças, Megaboost, para proporcionar vitaminas, Vitaglow, para refrescar o aspeto da pele, e Royal Flush, para uma desintoxicação deluxe do organismo”.

A Reviv dizia ainda ter tratamentos com injecções de vitaminas e nutrientes à escolha para vários fins, como “perda de peso natural” ou para revigorar a condição física.

A Ordem dos Médicos considerou que alguma da informação existente no site da empresa correspondia a uma situação de “publicidade enganosa”.

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