Regulador associa mais incidentes com drones a férias escolares

O presidente da ANAC, Luís Ribeiro, associa aumento de incidentes relacionados com aeronaves não tripuladas ao facto de haver "uma faixa etária jovem que se viu sem outro tipo de ocupação”.

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REUTERS/Stefan Wermuth

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) abriu sete processos de contraordenação e remeteu uma queixa para o Ministério Público em resultado das 13 ocorrências com drones reportadas pela aviação civil desde Janeiro.

Em audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, por requerimento do PSD, o presidente da ANAC, Luís Ribeiro, disse nessa sexta-feira no Parlamento que houve 13 ocorrências com drones reportadas pela aviação civil desde a entrada em vigor do regulamento em 13 de Janeiro, o que deu origem a oito processos (sete de contraordenação e um de averiguação) e uma queixa ao Ministério Público.

Na sua intervenção inicial, o presidente da ANAC realçou que o crescimento de ocorrências com drones (aeronaves não tripuladas) “não é um exclusivo nacional”, mas admitiu que, nas últimas semanas, houve um aumento “sem paralelo” e “inesperado”, que relacionou com o “início das férias escolares”.

“Em poucos dias tínhamos um incidente por dia e nós atribuímos [esse aumento das ocorrências] a este período [de férias escolares] e a uma utilização por uma faixa etária jovem que se viu sem outro tipo de ocupação”, disse Luís Ribeiro, quando questionado acerca do aumento de incidentes reportados.

Em Junho já se registaram sete incidentes. Os drones aparecem nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de aterragem, a 400, 700, 900 ou a 1200 metros, altitudes a que os aviões se cruzaram com eles, segundo alguns relatos.

O regulamento da ANAC, em vigor desde Janeiro deste ano, proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem dos aeroportos.

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