Ranking de Xangai: cinco universidades portuguesas nas 500 melhores do mundo

Nova edição, sem alterações no que à representação nacional diz respeito. Mas desta vez há um anexo à lista ordenada com mais 300 nomes, incluindo um português.

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Rita Chantre

A nova edição do Ranking de Xangai, a mais antiga lista global de universidades, foi publicada nesta terça-feira. Continuam a ser cinco as universidades nacionais entre as 500 melhores do mundo e todas elas mantêm as respectivas posições face ao ano passado — a que se apresenta com melhor pontuação é a Universidade de Lisboa. A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é, de novo, a número 1.

Depois de uma melhoria significativa dos resultados nacionais neste ranking no ano passado — com a subida da Universidade de Lisboa e as entradas pela primeira vez das universidades do Minho e de Aveiro —, este ano não se verificam mexidas.

A Universidade de Lisboa surge entre a posição 151 e 200. A lista de Xangai só discrimina os lugares das instituições até ao centésimo lugar. A partir daí, as universidades são colocadas em grandes intervalos. A Universidade do Porto está entre os lugares 301 e 400, ao passo que as universidades de Coimbra, Minho e Aveiro surgem, sem nenhuma ordenação, no último intervalo da lista (401-500).

A tabela editada na China, que foi publicada nesta madrugada, parte de seis indicadores, incluindo o número de antigos alunos e também de professores e investigadores que receberam prémios Nobel ou outras distinções importantes nos respectivos campos. Estes dois indicadores são bastante penalizadores para as universidades portuguesas. Só a Universidade de Lisboa consegue oito pontos relativos a prémios relevantes atribuídos a membros do seu corpo académico. E a explicação para este resultado é o prémio Nobel da Medicina atribuído em 1949 a António Egas Moniz, que era professor da Universidade de Lisboa.

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Os melhores resultados das instituições portuguesas nos diferentes indicadores do Ranking de Xangai acontecem por via do número de artigos publicados que são indexados pelas bases de dados especializadas. Das listadas, o melhor resultado neste domínio é o da Universidade de Lisboa (com 48,8 pontos em 100 possíveis) e o pior da Universidade do Minho (30,1).

Uma das novidades introduzidas este ano pela lista editada pelo Center for World-Class Universities, um centro de investigação da Universidade Jiao Tong de Xangai, é a publicação de um anexo ao ranking mundial, no qual são listadas outras 300 instituições que não chegaram às 500 melhores. Neste anexo encontra-se uma outra representante portuguesa, a Universidade Nova de Lisboa, que surge classificada no intervalo 501-600.

Em termos globais, os primeiros lugares do Ranking de Xangai continuam a ser dominados por instituições dos EUA e Reino Unido. A liderança tem sido ocupada, desde a sua primeira edição, em 2003, pela Universidade de Harvard, nos EUA, e este ano não é excepção. A também norte-americana Universidade de Stanford mantém-se na segunda posição. A grande alteração nos principais postos do ranking asiático prende-se com a subida da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, da quarta para a terceira posição. Em sentido contrário, a Universidade da Califórnia, em Berkley, EUA, cai do pódio para o quinto posto.

Publicado pela primeira vez em 2003 pela Universidade Jiao Tong, este ranking é actualizado anualmente. Está longe de ser a única lista ordenada de instituições (há várias, de muitas organizações) e é também alvo de muitas críticas, como são, em geral, todas. Mas ainda assim ganhou prestígio e é acompanhada atentamente por quem se interessa por este tipo de avaliações.

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