Programa Eco-Escolas sensibiliza directores para chegar a mais estabelecimentos

Responsáveis do projecto, que já envolve 1500 escolas, reúnem-se esta terça-feira com mais 170 directores de escolas.

Foto
As escolas recusam perder verbas para o ensino superior Paulo Pimenta

Ao fim de 20 anos do programa Eco-Escolas, Margarida Gomes, coordenadora nacional do projecto, afirma que quer "atrair mais escolas para o projecto" mas acima de tudo quer que "o projeto se vá desenvolvendo cada vez com mais qualidade". 

Esta terça-feira e 18 de Julho a equipa coordenadora vai reunir-se com vários directores escolares em Lisboa e no Porto, respectivamente, para explicar e sensibilizar os responsáveis para a importância que têm no desenvolvimento dos projectos e ainda para divulgar o conceito de eco-agrupamento. Este reconhecimento passou a ser atribuído no ano passado, aos agrupamentos em que todas as escolas são consideradas eco-escolas. Esta terça-feira são esperados mais de 170 directores na reunião, no Porto.

O programa Eco-Escolas pretende decorrer o mais próximo possível dos alunos, “numa lógica de baixo para cima e não de cima para baixo”, uma vez que as decisões devem estar centradas nos alunos, disse Margarida Gomes ao PÚBLICO.

Em Portugal, este programa internacional, presente em 59 países, todos os anos tenta realizar novos projectos para incluir no Eco-Escolas. Mas neste, que é o vigésimo aniversário da iniciativa, o objectivo é dar continuidade ao que tem sido feito ao longo dos últimos anos. Assim, o enfoque mantém-se nas questões relacionadas com a alimentação sustentável.

A novidade este ano, ainda numa fase piloto, e num grupo restrito de escolas é um novo projecto denominado de ClimACT, projecto desenvolvido com parceiros internacionais, sobre alterações climatéricas e sobre o baixo carbono nos edifícios escolares.

1500 escolas envolvidas no projecto

Este programa tem vindo a crescer ao ritmo de 100 escolas por ano, contabilizando cerca de 1500 escolas actualmente e abrangendo todos os anos de escolaridade desde os jardins-de-infância às universidades. Cada escola desenvolve as acções adaptadas à sua realidade.

Algumas instituições de ensino superior já participam no projecto, mas objectivo é conseguir envolver mais escolas, desenvolvendo-se o Eco-Universidades. Já está agendada, para breve, uma reunião em Braga para se saber se a Universidade do Minho se juntará ao projecto no próximo ano.

No ano lectivo passado, em 500 destas escolas existiam hortas biológicas, desenvolvidas durante o projecto relativo à "alimentação saudável e sustentável".

O programa Eco-Escolas desenvolve actividades nas mais diversas àreas, nomeadamente, nas relacionadas com energia, água, mobilidade e resíduos.

No âmbito da energia e da água, o objectivo é que as escolas desenvolvam iniciativas de poupança reduzindo o consumo e arranjando novas alternativas aos recursos. Em relação aos resíduos, pretende-se desenvolver a ideia de reduzir e reciclar.

Texto editado por Pedro Sales Dias

Sugerir correcção
Comentar