Paridade, equilíbrio ou “penso rápido”?

Hoje, Dia Internacional da Mulher, é hábito fazerem-se contas aos avanços registados em vários domínios. E um deles é a gestão de empresas. Há uma directiva europeia que quer 33% dos cargos de administração das empresas ocupados por mulheres até 2020. E em Portugal, onde também se anunciam quotas para as empresas, até haverá, segundo um estudo da Mercer, uma evolução positiva. Com um "senão": as mulheres ficam menos tempo nessas funções do que os homens. O que pode querer dizer que muitas delas são nomeadas para preencher a necessária quota, independentemente da sua preparação, viciando o que deveria ser um avanço efectivo na paridade. A directora da Mercer tem um nome para isto: colar as mulheres como um "penso rápido" num ambiente que ainda é marcadamente masculino. Se descolam, "culpa" delas. Mas a quota foi "cumprida". Ora isto é o contrário do que devia ser feito. E é uma farsa, que prejudica todos.

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