Madeira: pai de criança que esteve desaparecida foi condenado a 7 anos de prisão

Carlos Abreu é acusado de crimes sexuais. Estava em prisão preventiva desde 2016.

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O julgamento decorreu à porta fechada Diogo Baptista

O Tribunal da Comarca da Madeira condenou esta quarta-feira o pai do menino que esteve desaparecido durante três dias, em 2014, na Calheta, por violação de uma jovem de 17 anos e abuso sexual de uma criança. Carlos Abreu cumprirá uma pena de sete anos e seis meses de prisão.

O arguido, detido preventivamente desde Agosto de 2016, vinha acusado de um crime de violação de uma jovem de 17 anos, ocorrido no edifício das piscinas municipais da Calheta, um concelho na zona oeste da ilha da Madeira, em Maio de 2016.

De acordo com a acusação, Carlos Abreu trabalhava no local onde ocorreu a violação, ao abrigo de um programa de ocupação destinado a desempregados. Terá cometido o crime num cenário de chantagem, depois de ter surpreendido a jovem em contactos íntimos com o namorado, ameaçando mostrar imagens à família e aos responsáveis da escola.

O arguido é também acusado de um outro crime de abuso sexual, ocorrido em Agosto de 2015, num terreno para onde terá atraído uma menina com 11 anos, residente no mesmo complexo onde vivia com os dois filhos, e lhe terá exibido os órgãos genitais e pedido à criança que fizesse o mesmo.

A criança fugiu e a família apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública.

O pai da criança desaparecida na Madeira, em 2014, está proibido, depois de libertado, de trabalhar com crianças durante dez anos. Carlos Abreu vai ter o seu nome afixado na base de dados de pessoas que praticaram abusos sexuais e será ainda condenado ao pagamento de uma indemnização de 1.500 euros à criança.

Devido à natureza sexual dos crimes e por estar envolvida uma vítima menor, o colectivo de juízes presidido por Filipe Câmara determinou que o julgamento decorresse "sem publicidade", à porta fechada.

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