Obrigado, Helena

Ser tio-avô, mesmo para quem tem a sorte de ter filhas com filhos irresistíveis, é uma benesse inteiramente imerecida e comovente.

Quando elogio as sobrinhas e os sobrinhos toda a gente reage como se eu tivesse querido revelar ao mundo que a água é deliciosamente líquida. Eu, agastado, reajo que também à água não se dá o devido valor.

Agora dou comigo a redescobrir outra pólvora: o enlevo arrebatador das filhas da minha sobrinha Karina (Clara, Helena e Anouk) e do filho da minha sobrinha Vera (Lucas).

Ser tio-avô, mesmo para quem tem a sorte de ter filhas com filhos irresistíveis, é uma benesse inteiramente imerecida e comovente.

Só passei meia-hora com a Helena, que tem 4 anos e que conheci anteontem pela primeira vez. Foi na casa da minha amada sobrinha Vera, no quarto alegre do Lucas, meu já amadíssimo sobrinho-neto.

É mesmo uma verdade absoluta que cada nova geração é sempre mil vezes melhor do que a geração que a antecede. O progresso é salvífico.

A Helena pôs-de a dar nomes aos muitos animais no quarto do Lucas. A um coelho pesado chamou Buttercup. A um mocho murcho chamou, com ironia e sentido de humor, dada a presença de muitos ursos, Teddy.

Obrigado, Helena imaginosa e empática, menina-pessoa capaz de milagres imprevísiveis de nomeação. O tempo que passei contigo foi um ouro da minha vida.

Deste-me verdade e alegria. Encantaste-me com as tuas invenções. Brincar contigo -  estava tão nervoso de já não saber brincar -animou-me.

As tuas duas irmãs são felicidades tão diferentes e beguiling como tu. Que conquistem o mundo inteiro e nunca, nunca desaninem.

 

 

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