Número de portugueses sem médico de família baixou para cerca de 770 mil

De acordo com os dados da actividade assistencial, em 2016 "atingiu-se o número mais elevado de sempre de cobertura da população com médico de família".

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Nelson Garrido

O número de utentes sem médico de família era, no final de 2016, de 769.537. O que significa que, pela primeira vez, se ficou abaixo do patamar de um milhão de portugueses nessa situação, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De acordo com os dados da actividade assistencial, divulgados nesta segunda-feira, em 2016 "atingiu-se o número mais elevado de sempre de cobertura da população com médico de família (92,1%)".

Nessa data, existiam 769.537 utentes sem médico de família, "o que representa um ganho de 26,6% no número de utentes que passaram a ter médico de família atribuído em relação ao ano de 2015".

A nota da ACSS refere que, no ano passado, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) realizou mais de 31 milhões de consultas médicas nas unidades de cuidados de saúde primários, o que representa um crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior.

"Este crescimento foi registado ao nível das consultas presenciais (0,3%), das consultas não presenciais (6,8%), tendo-se também estendido aos domicílios médicos (0,8%)", lê-se no mesmo comunicado.

Segundo a ACSS, "estes ganhos de cobertura e de actividade assistencial resultam, não só, do aumento do número de médicos nos cuidados de saúde primários (no final de 2016 eram 5.673 os médicos com utentes atribuídos), como também da entrada em actividade de 30 novas Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo A e 25 novas USF modelo B.

No total, existiam 479 USF em actividade a 31 de Dezembro de 2016, as quais abrangiam 5.894.408 utentes, o que corresponde a 55,8% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários (mais sete por cento do que em 2015).

 

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