Comandos: nove meses de inquérito criminal e 20 arguidos

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Rui Gaudêncio

4 de Setembro Hugo Abreu morre na noite do primeiro dia da instrução do curso 127. Dylan da Silva morre seis dias depois no Curry Cabral.

8 de Setembro – O ministro da Defesa José Azeredo Lopes dá quatro meses ao Exército para avaliar o curso através de uma inspecção técnica extraordinária da Inspecção-Geral do Exército. Em paralelo o Exército abre um processo de averiguações interno que virá a resultar em três processos disciplinares.

15 de Setembro – A instrução do curso 127 é retomada com 17 desistências. O último dos 11 instruendos internados no início do curso tem alta hospitalar 15 dias depois.

18 de Novembro – Cinco instrutores, o médico e o director do curso são constituídos arguidos no inquérito às mortes aberto no DIAP em Setembro e juntam-se aos dois enfermeiros que já eram arguidos desde o fim de Outubro.

5 de Dezembro – O relatório da inspecção técnica do curso resulta na aprovação de um referencial (que define novos limites à instrução) para dar garantias de maior segurança para futuros cursos.

16 de Dezembro – O director e o médico do curso e o encarregado de instrução do grupo de Hugo Abreu são visados por um processo disciplinar e recorrem.

29 de Março – Aos nove arguidos constituídos em Novembro, juntam-se mais 11 no inquérito do DIAP a partir desta data. Na recta final da investigação, há no total 20 arguidos.

7 de AbrilComeça o curso 128. O ministro José Azeredo Lopes diz que com o referencial de curso aprovado se pretende evitar mortes como as do curso 127. Numa entrevista ao PÚBLICO, duas semanas depois, diz: “Não posso garantir que não vai haver repetição de incidentes. Mas hoje é menos provável, com toda a certeza.”

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