Nomeação de director de otorrinolaringologia de Santa Maria cumpriu lei, garante a administração

O Centro Hospitalar Lisboa Norte responde ao Sindicato dos Médicos da Zona Sul que falou em situação escandalosa de "mecanismos clientelares" e de "compadrio político".

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RUI GAUDêNCIO/Arquivo

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) garantiu esta quarta-feira que a nomeação de um novo director do serviço de otorrinolaringologia (ORL) do hospital de Santa Maria cumpriu a lei e disse que mantém a decisão.

Num comunicado, a administração do CHLN responde esta quarta-feira a críticas sobre a nomeação do director do serviço de ORL, feitas na terça-feira pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) que falou em situação escandalosa de "mecanismos clientelares" e de "compadrio político".

Um comunicado do sindicato criticava a nomeação de um director do serviço de ORL com menos formação técnica do que outros oito médicos do mesmo serviço, e apresentava várias situações que considerou ilegais e exemplos de como "os mecanismos clientelares" e o "comissariado político" se sobrepõem "ao respeito pela diferenciação técnico-científica da profissão médica" e à progressão na carreira médica.

Responde agora o CHLN (do qual faz parte Santa Maria) que no processo de nomeação "foi cumprida de forma irrepreensível a legislação vigente para o efeito".

E acrescenta que tal "foi superiormente confirmado pela decisão, de 5 de Abril de 2017, do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, que julgou improcedente o pedido de adopção de providência cautelar de suspensão de eficácia da deliberação do Conselho de Administração que designou o actual Director do Serviço de ORL".

Diz-se ainda no comunicado que o conselho de administração do CHLN mantém a decisão, que além de legal "encontra-se adequadamente sustentada pelos resultados assistenciais e de funcionamento do Serviço de ORL".

Nos dois primeiros meses deste ano, diz-se no documento, o serviço de ORL apresentou, face ao período homólogo, um aumento de 25% de Primeiras Consultas, de 22% de Cirurgia Programada e de 29% de Cirurgia de Ambulatório".

O Conselho de Administração do CHLN "não responde a insinuações infundadas susceptíveis de afectarem a reputação e honorabilidade dos visados e da própria instituição, reservando para sede própria a apreciação das denúncias apresentadas", afirma-se no comunicado. 

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