MP acusa de "homicídio qualificado" mãe que afogou filhas em Paço de Arcos

A arguida aguarda julgamento em prisão preventiva.

O Ministério Público acusou nesta sexta-feira de "homicídio qualificado" a mãe das duas crianças que morreram a 15 de Fevereiro junto ao forte de Geribita, em Paço de Arcos, tendo requerido julgamento em tribunal colectivo.

Numa nota publicada no site da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, o Ministério Público esclarece que requereu o julgamento em tribunal colectivo da arguida pela "prática de dois crimes de homicídio qualificado".

"No essencial está indiciado que a arguida no dia 15 de Fevereiro de 2016, pelas 20:59, após aguardar, cerca de uma hora, dentro do veículo automóvel em que se deslocou que a maré atingisse o seu pico, entrou com as filhas menores, respectivamente de dois e quatro anos de idade, no mar, junto ao forte de Geribita, em Paço de Arcos, e submergiu-as no mar, afogando-as e provocando-lhes a morte", pode ler-se no documento.

A mesma nota adianta ainda que o inquérito foi dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Oeiras com a coadjuvação da Policia Judiciária.

A arguida aguarda julgamento em prisão preventiva, medida de coacção a que se encontra sujeita desde 17 de Fevereiro de 2016.

O corpo da criança de 19 meses foi encontrado no dia do desaparecimento, enquanto o da sua irmã de quatro anos esteve desaparecido durante sete dias, até que foi encontrado na praia de Caxias, em Oeiras.

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