Ministro da Saúde considera normal possibilidade de vacinação de crianças contra o sarampo aos 6 meses

Segundo Adalberto Campos Fernandes, "o sistema [de saúde] está a funcionar, as autoridades de saúde estão a fazer aquilo que têm de fazer".

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O Ministro da Saúde afirmou nesta quinta-feira que a vacinação de crianças contra o sarampo entre os 6 os 12 meses, mediante prescrição médica, se enquadra num conjunto de medidas adoptadas pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) face ao acompanhamento da doença. "É uma decisão técnica. A DGS, como lhe compete, está permanentemente a trabalhar com os comités de peritos, está a acompanhar a actividade epidémica, vão tomando, em cada dia, as medidas que importa tomar", disse Adalberto Campos Fernandes, depois de presidir à abertura das Jornadas de Medicina Nuclear do Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Com os centros de saúde a serem inundados de pedidos de pais que querem vacinar os seus filhos antes dos 12 meses, a DGS esclareceu nesta quinta-feira que só as crianças entre os seis meses e um ano "em situações excepcionais" e que tiverem receita médica em papel terão acesso a este fármaco.

"Hoje mesmo, com o meu colega da Educação, em Conselho de Ministros, articulámos mais medidas de entendimento entre as escolas e os delegados de saúde, para que as famílias, rapidamente, retornem a um momento de tranquilidade, de despreocupação", acrescentou ainda o ministro.

Segundo Adalberto Campos Fernandes, "o sistema [de saúde] está a funcionar, as autoridades de saúde estão a fazer aquilo que têm de fazer, a situação está confinada e a actividade epidémica parece estar a estabilizar".

Durante a visita ao Hospital Garcia de Orta, Adalberto Campos Fernandes inaugurou também o novo serviço de Medicina Nuclear, um investimento global de 2,5 milhões de euros.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta, Daniel Ferro, o investimento nas instalações - cerca de um milhão de euros - foi integralmente suportado pelo hospital, e o novo equipamento, no valor de 1,5 milhões de euros, deverá ser financiado, em partes iguais, pelo hospital Garcia de Orta e por fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020.

Para além do diagnóstico de doentes do Hospital Garcia de Orta, o Serviço de Medicina Nuclear daquele hospital, único do género no Serviço Nacional de saúde a sul do Tejo, também dá resposta a doentes provenientes dos agrupamentos de saúde e hospitais da Península de Setúbal, do Litoral Alentejano e do Algarve.

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