Menos mortos na estrada nas festas de Natal e Ano Novo deste ano do que nas de 2012

Grande maioria dos condutores fiscalizados no final do ano não tinham álcool no sangue.

Apesar de ter registado vários acidentes fatais, o balanço da sinistralidade rodoviária durante o Natal e o Ano Novo salda-se por menos quatro mortos do que há um ano: foram 16 os automobilistas e passageiros que não chegaram ao seu destino.

Além disso, mais de 95% dos 12 mil condutores fiscalizados pelas brigadas do projecto 100% Cool, que se juntou à GNR nesta operação, não apresentavam álcool no sangue ou então tinham valores dentro dos limites legais.

No cômputo geral, o número de acidentes na estrada ficou, porém, bem acima do ano anterior: só a GNR registou 1950 acidentes, mais 78 do que nas festas de Natal e Ano Novo de 2012, 146 dos quais ocorridos a 1 de Janeiro. E se o número de feridos graves registado pela GNR neste período festivo baixou, de 43 para 39, já a PSP deu conta de mais vítimas em estado grave – 48, contra as 38 do ano passado. São, em todo o caso, números que ainda não incluem as mortes ocorridas até 30 dias depois dos acidentes, e que costumam fazer disparar a mortalidade em mais 27%.

 “Apesar de as condições meteorológicas terem sido piores do que no ano passado, parece haver uma maior consciencialização na condução nas nossas estradas”, referiu João Moura, um porta-voz da PSP.

Entretanto, e segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas, que promove o 100% Cool, dos cerca de 12 mil condutores fiscalizados ao nível da alcoolemia 430 revelaram excessos. Foram premiadas oito dezenas de jovens automobilistas que não apresentavam álcool no sangue.

Em comunicado, o secretário-geral da associação congratula-se com a redução no limite da taxa de alcoolemia para recém-encartados imposta no início do ano pelo novo Código da Estrada, mas lembra que a organização que dirige “defende o não consumo de álcool para os condutores”.

O cômputo final de mortes na estrada em 2013 deverá ficar abaixo das 718 vítimas registadas no ano anterior, entre outros factores graças à crise que provocou uma redução do tráfego rodoviário.

 
 
 

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