Mais de dois milhões de dias de trabalho perdidos por acidentes de trabalho

Relatório Anual da Actividade do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho indica que Porto é o distrito mais afectado pelo impacto que os acidentes têm.

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O Porto é o distrito que apresenta maior número de dias de trabalho perdidos na recuperação de acidentes: um total de 484.905, a maior parte referente a baixas de mais de 30 dias REUTERS/Stringer

Os acidentes em contexto laboral em 2015 tiveram como resultado mais de dois milhões de dias de trabalho perdidos. E isto tendo em conta apenas os trabalhadores com algum tipo de vínculo laboral. É um aumento de 4% face ao ano anterior, alerta o Relatório Anual da Actividade do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho.

De acordo com o relatório, disponibilizado recentemente no site do Ministério da Segurança Social, foram 75 os acidentes de trabalho mortais em 2015 a envolver pessoas com algum vínculo laboral e 99.623 acidentes de trabalho não mortais. Houve ainda sete acidentes mortais e 6751 não mortais envolvendo trabalhadores sem vínculo.

Aveiro, Leiria e Viseu lideram as taxas de incidência de acidentes de trabalho. As áreas de actividade económica que mais se destacam são as de “captação, tratamento e distribuição de água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição”, indústrias extractivas e indústrias transformadoras.

Os dados sobre o número total de acidentes em 2015 já eram conhecidos (a Autoridade para as Condições de Trabalho actualiza regularmente as estatísticas no seu site). Mas o Relatório Anual de Actividade do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho, agora divulgado pelo Governo, faz as contas aos dias de trabalho que eles provocam entre os trabalhadores com vínculo. Perderam-se, refere, 2.057.003 de dias, o que “reflecte uma variação positiva de 4% face ao total apurado em 2014, o que poderá indiciar um aumento da gravidade dos acidentes de trabalho ocorridos”.

O Porto é o distrito que apresenta maior número de dias de trabalho perdidos na recuperação de acidentes: um total de 484.905, a maior parte referente a baixas de mais de 30 dias (341.010).

Seguem-se Braga (216.394), Aveiro (214.991), Leiria (123.230) e Setúbal (120.895). Diversos sectores são afectados pelas ausências provocadas pelas consequências dos acidentes, das actividades de saúde humana e apoio social, às indústrias transformadoras, comércio por grosso e a retalho, e alojamento, restauração e similares.

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