Jornalistas pedem à ONU mais protecção em cenários de guerra

Aumentam mortes entre profissionais que cobrem conflitos.

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Face à repressão, a oposição já se transformou num movimento insurreccional em fase de guerrilha Joseph Eid/AFP

Os jornalistas pediram, nesta quinta-feira, mais protecção em conflitos civis e cenários de guerra no Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa altura em que disparam os casos mortais na cobertura de conflitos como o da Síria e outros.

Mustafa Haji Abdinur, jornalista somali da agência noticiosa AFP, que já ganhou vários prémios, disse aos 15 elementos do Conselho de Segurança que era “um morto-vivo” por causa dos perigos que enfrentava ao reportar factos sobre o seu próprio país.

Abdinur foi um dos quatro jornalistas que se dirigiram ao órgão máximo das Nações Unidas, no dia em que foi encontrado o corpo do jornalista de guerra Alberto Lopez Bello, cravado de balas, na cidade mexicana de Oaxaca. Lopez Bello é um dos mais de 100 jornalistas mexicanos mortos ou desaparecidos desde 2000.

“Quando um jornalista morre, as notícias também morrem”, disse Abdinur, pedindo justiça para os quase mil jornalistas que morreram em todo o mundo desde 1992.

O Comité de Proteção de Jornalistas estima que perto de 30 jornalistas tenham sido mortos em todo o mundo desde o início do ano. Cerca de 100 jornalistas e escritores de blogues foram mortos na Síria desde o início do conflito naquele país, em Março de 2011.

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