A Itália vai acolher, a partir de quarta-feira, o primeiro Fórum Social Europeu, em Florença, desafiando o Governo de Silvio Berlusconi a garantir a segurança numa das mais belas cidades do país, 15 meses depois da violência registada na reunião do G8 em Génova.

Durante cinco dias serão realizados 140 seminários, 250 ateliers e espectáculos e 18 conferências.

O número de participantes, de toda a Europa, deverá fixar-se entre os cem mil e os 200 mil no sábado, data de uma manifestação pela paz e contra os preparativos do ataque ao Iraque.

Antes de dar luz verde definitiva, Berlusconi submeteu a questão ao Parlamento e propôs outra cidade para receber o fórum. Por duas vezes, o ministro do Interior, Giuseppe Pisanu, alertou os deputados para o risco de ocorrerem incidentes violentos.

O Governo suspendeu o acordo europeu de Schengen sobre a livre-circulação de pessoas de 1 a 10 de Novembro, data do encerramento do fórum. Cerca de seis mil agentes das forças de segurança serão destacados para proteger a cidade.

Na cimeira dos chefes de Estado e de Governo do G8, realizada em Julho de 2001 em Génova, os confrontos entre manifestantes e polícia fizeram um morto e elevados prejuízos materiais.