Infarmed vai mandar retirar do mercado pastas Colgate falsificadas

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As pastas Colgate falsificadas foram detectadas em lojas de produtos de baixo custo Paula Abreu/PÚBLICO

O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) vai emitir um alerta para a recolha das pastas dentífricas com a designação Colgate e que tenham como local de fabrico África do Sul ou "made in South Africa" por conterem uma substância tóxica.

A estrutura reguladora do medicamento em Portugal assegurou à agência Lusa só hoje ter tido conhecimento da possível contaminação de pastas dentífricas com uma substância tóxica mas acrescentou que, "por razões de precaução e defesa da saúde pública", vai emitir um alerta para a recolha das mesmas e divulgar uma circular informativa ao consumidor.

O produto falsificado foi encontrado em Espanha, à venda em lojas de produtos de baixo custo mas a ASAE, a Agência de Segurança Alimentar e Económica garantiu esta manhã à TSF que já identificou embalagens destas em Portugal, algumas com datas de limite de prazo inexistentes, como referindo o dia 34 de um qualquer mês. O Infarmed adverte os consumidores que tenham pastas dentífricas de marca Colgate provenientes da África do Sul "para não utilizarem aquele produto".

A Colgate-Palmolive já frisou que produz pasta dentífrica em África do Sul mas que não é vendida na Europa pelo que se conclui que há um uso indevido da marca em embalagens falsificadas. O Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento recorda que, por se tratar de um produto falsificado, não há qualquer responsabilidade da Colgate-Palmolive.

A Comissão Europeia (CE) activou o Sistema Alerta Rápido Europeu para Produtos não Alimentares (Rapex) por causa da pasta dentífrica importada da China e da África do Sul que está, alegadamente, contaminada com uma substância tóxica cuja presença foi detectada inicialmente em Espanha.

Na origem da decisão da CE está o facto de o Ministério espanhol do Consumo ter alertado quinta-feira para o surgimento no mercado de pastas Colgate contrafeitas que poderão conter dietilenglicol, uma substância ilegal e tóxica quando ingerida em doses elevadas.

De acordo com o "El País", os dentífricos tóxicos foram usados por pacientes em hospitais de várias comunidades autónomas do país, enquanto outras unidades, cuja contaminação ainda não foi provada, foram comercializadas em estabelecimentos de produtos a baixo custo.

Segundo Manuel Lage, porta-voz da ASAE, o alerta europeu pede às autoridades nacionais que estejam atentas "face a uma situação de risco", embora o caso não represente um perigo para a saúde pública, pois o consumo deste produto só seria perigoso se ingerido em enormes quantidades.

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