Vento dificulta combate aos incêndios em Gavião e na Sertã

Dos 95 fogos activos às 23h de domingo em Portugal, os da Sertã e de Gavião eram os que maior preocupação geravam. Em Coimbra, a situação já está controlada.

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Imagem do incêndio em Alijó que lavrou durante a semana passada ADRIANO MIRANDA /ARQUIVO

Três incêndios concentravam às 23h de domingo o grosso dos esforços da Protecção Civil: um em Carvalhosas (Coimbra), outro na Sertã (Castelo Branco) e o tercerio em Gavião (Portalegre). Ao longo do dia, o vento representou a principal dificuldade no combate às chamas. "Prevê-se um prolongamento destes trabalhos. Nenhum destes incêndios se aproxima da sua fase de conclusão, estão todos activos", declarava durante a tarde a adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, num briefing aos jornalistas na sede em Carnaxide. À noite, porém, o fogo em Coimbra entrou em estado de resolução. 

O vento, precisava a responsável, motivava um "constante reposicionamento dos meios", e a Protecção Civil apelou a que "as populações se mantenham calmas e que vão acompanhando na medida possível as indicações dadas pela comunicação social e pelas próprias autoridades".

Em Coimbra, a auto-estrada do Pinhal Interior (A13) estava cortada na zona de Almalaguês devido ao incêndio que lavra no concelho de Coimbra e que mobilizava 319 operacionais e 91 viaturas. O incêndio não ameaçou habitações e ao longo da tarde foi-se registando “uma evolução favorável, apesar do vento forte”, diz a Protecção Civil. A adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Patrícia Gaspar, afirma que foi vivida uma situação complicada na Praia Fluvial do Mondego devido ao fumo, mas o local não chegou a ser evacuado. A página da internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil adianta que o incêndio começou às 15h10 na freguesia do Santo António dos Olivais, concelho de Coimbra. 

Outra ocorrência importante destacada na página da internet da ANPC era o incêndio que ainda lavrava no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, e que estava a ser combatido por 584 operacionais e 171 viaturas, tendo participado no combate às chamas sete meios aéreos durante a tarde.

Segundo a Protecção Civil, o incêndio tem duas frentes activas e começou às 13h47 na localidade de Mosteiro de São Tiago, na freguesia de Várzea dos Cavaleiros, no concelho da Sertã. Para este incêndio já foram accionados grupos de reforço de Lisboa, Santarém e Portalegre. Só no distrito de Castelo Branco estão mobilizados no combate a incêndios 869 operacionais, apoiados por 263 meios terrestres.

Patrícia Gaspar adiantou que este fogo está a consumir mato, não estando habitações em risco. A adjunta nacional de operações disse que se registaram "momentos pontuais" de complicações, tendo em conta que o incêndio esteve junto a habitações mais dispersas, mas não se verificou qualquer perigo. Patrícia Gaspar disse ainda que, para este incêndio, foram mobilizados logo de início um grande número de operacionais, tendo em conta que esta é uma zona de elevado risco.

Mais de 200 operacionais no concelho de Gavião   

Para além de Coimbra e Sertã, mais de 200 operacionais, apoiados por 44 veículos e quatro helicópteros, encontravam-se a combater um incêndio no concelho de Gavião, no distrito de Portalegre, no Alentejo, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. Segundo a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre, o fogo deflagrou na tarde deste domingo às 16h11 numa zona de floresta, perto da localidade de Domingos da Vinha, na freguesia de Belver.

Por volta das 18h30, o incêndio tinha duas frentes activas. As chamas estavam a ser combatidas por 244 operacionais e 81 veículos de corporações de bombeiros dos distritos de Portalegre, Évora e Castelo Branco e da GNR, apoiados por quatro helicópteros. As chamas chegaram a ameaçar as aldeias de Areia e Outeiro Cimeiro, as quais foram protegidas. "Não houve problemas e estão fora de perigo", disse a fonte.

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