Incêndio em fábrica de cortiça em Santa Maria da Feira está dominado

Mais de 90 bombeiros estiveram no local a combater as chamas. Não há registo de vítimas e não se sabe ainda o que esteve na origem do incêndio.

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O incêndio afectou duas empresas no sector da cortiça LUSA/JOSÉ COELHO
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Está dominado o incêndio que deflagrou neste sábado numa fábrica de cortiça em Argoncilhe, Santa Maria da Feira, disse ao PÚBLICO o comandante dos Bombeiros de Oliveira do Bairro, Marco Maia. “O incêndio encontra-se dominado e prestes a entrar em fase de rescaldo”, afirmou, adiantando que no local estiveram 97 operacionais apoiados por 34 veículos, que considera terem sido meios “suficientes” para o combate a este incêndio.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Lourosa José Carlos Pinto disse à Lusa que o armazém de cortiça onde o fogo deflagrou pertence à corticeira Moderna, acrescentando que as chamas atingiram ainda outros edifícios contíguos da empresa Glamor.

Marco Maia explica ainda que cerca de 70% dos armazéns (pertencentes às duas fábricas) foram afectadas pelo fogo mas que “30% foi salvaguardado pelos meios empenhados”. Não há registo de feridos e não se sabe ainda o que esteve na origem do “incêndio industrial” – para o qual as autoridades foram alertadas às 13h32 –, esclarece o comandante. 

Apesar de o fogo estar dominado, os bombeiros tiveram de permanecer no local durante mais três horas para trabalho de remoção de material ardido e outro de fácil combustão, afirmou uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro à agência Lusa.

As chamas atingiram ainda dois outros armazéns – um a norte do foco do incêndio e outro a oeste, que funciona como uma serração – mas foram dominadas à chegada dos bombeiros ao local. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar os Bombeiros de Santa Maria da Feira. 

Postos de trabalho “não estão em risco”

Os postos de trabalho da empresa "mais afectada" pelo incêndio "não estão em risco", disse à Lusa fonte da Glamor que viu os dois armazéns de cortiça serem "consumidos pelas chamas".

Um grupo de funcionários da empresa onde começou o fogo, a corticeira Moderna, apercebeu-se do fogo e deu o alerta para os bombeiros, explicou um dos trabalhadores à Lusa. "Quando aqui chegámos deparámo-nos com um incêndio num estaleiro de cortiça, já com alguma intensidade e que se propagou a dois armazéns [da empresa Glamor] de produção de cortiça. Foram trabalhos difíceis face à carga térmica libertada", explicou o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, José Pinto.

Apesar da segunda empresa "ter sido a mais afectada", porque "os dois armazéns foram consumidos pelas chamas", a operacionalidade da empresa não está em causa. "Os postos de trabalho – cerca de 20 pessoas que aqui trabalham – não estão em causa. Os prejuízos são avultados, não dá ainda para quantificar, mas são distribuídos", disse fonte da empresa. Isto porque, explicou, a Glamor "trabalha com cortiça de várias proveniências, empresas que trazem o material para que seja transformado em muita coisa, há muitos prejudicados, muitos empresários".

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