Idosa morre num incêndio na Amadora

Por causa do fumo, mulher de 78 anos entrou em paragem cardiorrespiratória. Outras sete pessoas tiveram de receber assistência médica

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Joana Bourgard/ARQUIVO

Um incêndio num apartamento, na Amadora, provocou na tarde deste domingo a morte de uma idosa. Sete pessoas tiveram de receber assistência médica, duas das quais crianças, adiantou Nuno Coroado, do Comando Distrital de Operações e Socorro do Distrito de Lisboa.

O alerta soou às 15h42 no quartel de Bombeiros Voluntários da Amadora. Um incêndio deflagrara no primeiro andar de um prédio de três pisos, na Estrada de Falagueira, na freguesia de Falagueira-Venda Nova, junto ao Parque Aventura. Acorreram 23 homens apoiados por oito viaturas.

O incêndio começara no quarto e avançara para a cozinha e para outro quarto, disse o comandante dos Bombeiros Voluntário, Mário Conde. A prioridade era salvar a mulher, de 78 anos, acamada. Quando a encontraram, estava em paragem cardiorrespiratória. Ainda tentaram reanimá-la, mas já só lhes restou esperar que o médico chegasse para certificar o óbito.

Devido a inalação de fumo, outras sete pessoas tiveram de receber assistência médica, incluindo uma criança de 15 dias e outras de dois anos. Uma mulher, de 70 anos, foi conduzida ao Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, mais conhecido por Amadora/Sintra e um homem, de 32, ao Hospital Francisco Xavier, informou fonte do INEM. Por precaução, uma terceira foi aconselhada a seguir para as urgências, mas recusou-se e foi assistida no local, como as outras quatro.

Um filho da vítima mortal queixa-se dos bombeiros, que não o deixaram entrar em casa para indicar onde estava a mãe. Mário Conde diz que entende “o desespero”, mas não o podia deixar entrar. “Nós temos preparação e temos equipamento próprio. Se deixasse o senhor entrar, em vez de uma vítima, tínhamos duas”, explicou. “O edifício estava cheio de fumo. Se o senhor entrasse lá dentro sem protecção, tinha ficado lá. Ele não conseguiu entender isso. Ficou ofendido.”

O incêndio foi dado como extinto às 16h09.  “Todo o andar, excluindo o 1º esquerdo, tem condições de habitabilidade”, garantiu Mário Conde. Os dois filhos da vítima mortal, que com ela residiam no 1º andar esquerdo, tiveram de ser temporariamente realojados pela protecção civil municipal. Os vizinhos já regressaram a casa.

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