Homem acusado de matar mulher em Arcos de Valdevez remete-se ao silêncio

O alegado crime foi motivado por uma dívida.

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GNR encontrou o corpo depois te ter sido alertada para um possível assalto Hugo Santos

O homem acusado de, em 2016, matar com uma caçadeira uma mulher em Arcos de Valdevez por uma alegada dívida escusou-se nesta quarta-feira a falar no início do julgamento no Tribunal de Viana do Castelo.

Os factos remontam a Julho de 2016, em Arcos de Valdevez e o homem, de 45 anos, está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio qualificado e um crime de furto qualificado.

Esta quarta-feira, no início do julgamento, juiz que preside colectivo questionou o arguido sobre se queria falar sobre os factos de que está acusado ao que este respondeu: "Remeto-me ao silêncio".

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), no dia dos factos, o arguido, actualmente detido no estabelecimento prisional de Braga, dirigiu-se à casa da vítima para lhe "pedir o dinheiro de vários trabalhos que tinha feito para ela e que, alegadamente, não teriam sido ainda liquidados".

No local, constatou que a mulher não se encontrava em casa e "decidiu entrar pela porta da cozinha, que tinha a chave na fechadura, e esperar para lhe exigir o pagamento", acrescenta.

Já no interior da habitação foi ao sótão "verificou que estava pendurada, numa viga do telhado, uma espingarda caçadeira", indica o MP.

Quando a mulher entrou em casa, ter-se-á deparado com o arguido que lhe exigiu a verba alegadamente em falta ao que terá respondido "não ter dinheiro para pagar por não ter ainda recebido a sua reforma".

O arguido terá então efectuado três disparos, que atingiram a vítima "directamente e a curta distância", relata a acusação.

O homem recuperou os três cartuchos dos quais se viria a desfazer "no meio do campo de milho existente num terreno da vítima".

Durante a manhã, o tribunal ouviu, entre outras testemunhas, familiares da vítima e um dos inspectores da Polícia Judiciária (PJ) que esteve envolvido na investigação do crime.

Segundo aquele inspector o homem "está referenciado pelas autoridades locais por furtos e agressões.

O inspector da PJ referiu ainda que a arma encontrada em Agosto, "num anexo da tia do arguido, é a arma furtada do sótão da casa da vítima e com a qual foi cometido o crime".

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