Governo espera que greve decorra com "civismo e no espírito da lei"

O secretário de Estado da Administração Pública manifestou hoje o desejo de que a greve geral decorra com “civismo e no espírito da lei”, reiterando ainda que os serviços mínimos em diversos sectores públicos estão a funcionar com normalidade.

“O que importa sublinhar é que o direito à greve seja exercido num ambiente de civismo, de respeito pelo direito das pessoas, quer as que optam por aderir à greve, quer as que não. É isso que penso que num Estado de Direito Democrático se pede no respeito pela liberdade de todos”, disse Gonçalo Castilho dos Santos à Lusa.

O governante disse ainda que no sector da saúde o nível de adesão à greve dos profissionais “esteve na casa dos 40 por cento” durante a noite, referindo que os valores “são em linha com outras greves” no passado, ainda que esta tenha “características especiais” por ser uma greve geral.

Ao nível da administração pública, sublinha, os serviços mínimos “foram definidos atempadamente” e “estão a ser cumpridos por todas as partes”, sem “incidentes no direito à greve”.

Ao nível político, o secretário de Estado defende que “as primeiras horas” do dia “não trazem novidade” nas “intervenções de fundo dos líderes sindicais” no que se refere a “propostas alternativas” às que são objecto de contestação na greve geral.

A CGTP e a UGT realizam hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em Setembro, que têm como objectivo consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários dos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento do IVA.

Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais sindicais - a primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral.

Sugerir correcção
Comentar