Governo ainda não sabe o custo dos regressos da Venezuela

Secretário de Estado das Comunidades não avança um número, mas admite que terá que crescer pois o fim do ano lectivo vai levar mais gente a fugir do caos económico e social.

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José Luís Carneiro LUSA

A Madeira fala em “vários milhões”, mas o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, não adianta, para já, números sobre os custos da integração dos cerca de quatro mil portugueses e luso-descendentes que nos últimos meses abandonaram a Venezuela e procuraram refúgio no arquipélago. 

Neste momento o importante não são os recursos financeiros, mas sim o Estado poder corresponder às necessidades destes cidadãos, disse esta quarta-feira José Luís Carneiro, no final de um encontro no Funchal com membros do governo madeirense.

Carneiro, que reuniu com os secretários regionais dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, das Finanças, Rui Gonçalves, e da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, recebeu do executivo madeirense um relatório pormenorizado sobre a situação das cerca de quatro mil pessoas que chegaram à Madeira, vindas da Venezuela.

"Há estimativas que carecem de um trabalho aprofundado, entre o Governo da República e do governo regional", respondeu o secretário de Estado, perante a insistência dos jornalistas sobre a quantificação da verba necessária para responder a este crescimento populacional.

A meio da manhã desta quarta-feira, Rui Gonçalves, o primeiro a sair da reunião, falava em "vários milhões" em sectores como a saúde, a habitação e apoios sociais. Só para a educação, disse à saída, serão 1,5 milhões de euros anuais. 

Quanto ao valor am causa, José Luís Carneiro admite que poderá crescer, pois as autoridades regionais admitem que o movimento de regresso se intensifique com o final do período escolar na Venezuela.

Para já, ficou decidido alargar aos restantes aeroportos nacionais a rede de balcões de informação que já existem na região autónoma e destinada aos que chegam da Venezuela devido à crise política, económica e social que se vive neste país.

Ficou também decidido o agendamento de nova reunião, desta vez em Lisboa, presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e reunindo várias secretarias de Estado, para estudar as respostas a dar aos que fogem do caos económico e social da Venezuela.

 

 

 

 

 

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