Greve de funcionários deixa alunos da Escola Secundária Pedro Nunes sem aulas

A falta de pessoal não docente na escola é o motivo do protesto dos funcionários, que levam uma moção ao Ministério da Educação.

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Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou a contratação de 300 funcionários, depois de algumas escolas terem encerrado joao gaspar

A Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, não está a funcionar nesta terça-feira por decisão do director, Pedro Abrantes Pimentel, devido à greve dos trabalhadores não docentes.

Em declarações à agência Lusa, Rafael Louro, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, explicou que os trabalhadores se concentraram ao início da manhã junto ao portão da escola e que o director decidiu manter a escola fechada, uma vez que não tinha condições para funcionar.

"Os trabalhadores não docentes concentraram-se à porta da escola, onde aprovaram uma moção que vão levar agora até ao Ministério da Educação, com as razões da greve e as suas reivindicações", disse Rafael Louro. O ministério já foi informado e os funcionários pedem para ser recebidos para entregar o documento com as reivindicações.

"Não se trata de uma manifestação, mas apenas uma delegação que irá até ao ministério entregar a moção agora assinada e o documento dando conta da situação e das dificuldades por que que passam no dia-a-dia por falta de trabalhadores", explicou.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou a contratação de 300 funcionários, depois de algumas escolas terem encerrado devido à falta de pessoal não docente. Ainda assim, os funcionários da Pedro Nunes queixam-se de que este número não é suficiente para fazer face a todas as necessidades das escolas e pedem o alargamento do mapa do pessoal não docente.

O número anunciado pelo ministério "põe em causa a dignidade dos trabalhadores com a sobrecarga enorme de trabalho", reforçou Rafael Louro.

Quanto ao número de trabalhadores não docentes, Rafael Louro adiantou que a escola tem actualmente, segundo dados dos próprios funcionários, 18 assistentes operacionais, dos quais “um está de baixa há dois anos, um de licença sem vencimento e outro que entra ao serviço às 15 horas par assegurar a noite”, informou uma funcionária da escola à RTP. 

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