Função Pública promete "luta" se o Governo não der respostas aos trabalhadores

Sindicato diz que a greve nacional da Função Pública está a ter uma adesão que ronda os 90% a nível nacional.

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LUSA/TIAGO PETINGA

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) prometeu nesta sexta-feira, dia de greve nacional, continuar a “luta” caso o Governo não dê respostas às revindicações dos trabalhadores.

"A luta é sempre algo que está em aberto. Se o Governo não der respostas, os trabalhadores vão responder com luta, disse o dirigente sindical Artur Sequeira numa conferência de imprensa realizada em frente ao liceu Passos Manuel, em Lisboa.

Segundo Artur Sequeira a greve nacional da Função Pública está a ter uma adesão que ronda os 90% a nível nacional.

O dirigente afirmou que, de acordo com os dados disponíveis, “há um grande número de escolas fechadas no Porto”, repetindo-se a mesma situação nos distritos de Aveiro, Coimbra e Viseu.

“No sul temos escolas fechadas nos concelhos de Sintra, Amadora, Loures e que deram um grande sinal de adesão à greve. Temos as escolas todas fechadas na cidade de Beja e esperamos a mesma situação em Faro. Em Santarém há um total encerramento das escolas”, disse.

Para Artur Sequeira, o Governo tem todas as condições para dar passos no sentido de melhorar as condições dos trabalhadores.

“Não parece correto que depois de lutar tanto para derrubar um governo (PSD/PP) que tanto roubou aos trabalhadores, este governo (PS) tenha criado tantas expectativas e não tenha posto as expectativas em prática. Repôs algumas coisas mas é insuficiente e pode fazer muito mais", acrescentou Artur Sequeira.

Também presente no local, o líder da CGTP, Arménio Carlos, considerou que os valores da adesão estão a fazer da greve uma "jornada memorável".

"O Governo vai ter de tirar ilações desta jornada de luta", acrescentou Arménio Carlos.

Convocada pela FNSTFPS, a greve nacional de hoje foi anunciada no início de Abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.

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