FNE quer colocações de professores conhecidas até final de Julho

Federação quer que as escolas saibam mais cedo com que professores podem contar.

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Estão ainda por preencher nas escolas cerca de 150 horários inferiores a oito horas daniel rocha

A Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu nesta quarta-feira a antecipação, em um mês, das colocações de professores para dar "maior estabilidade" às pessoas e às escolas e evitar "prejuízos" pela definição feita apenas em finais de Agosto.

Um dia depois de conhecida a colocação de mais de sete mil docentes, a FNE argumentou ser "essencial que sejam corrigidas as datas de organização de cada ano lectivo" e que os docentes sejam colocados até ao final do mês de Julho para que a 1 de Setembro "todos saibam com o que é que contam".

"Os docentes têm o direito -- todos - ao conhecimento atempado da sua colocação para cada ano lectivo, para poderem organizar as suas vidas pessoal e familiar sem angústias e sem precipitações", lê-se no comunicado divulgado hoje.

Por seu lado, as escolas, segundo a FNE, "devem saber tão cedo quanto possível com que professores contam para cada ano lectivo" até para conseguirem fazer a organização definitiva dos horários.

Além da antecipação de todas as datas organizacionais das escolas, a FNE defendeu ainda a necessidade de uma "definição correta da dimensão do quadro de cada escola agrupada

não agrupada, colocando, por concurso, todos os docentes que são necessários ao seu normal funcionamento" para que haja um corpo docente estável.

Para chegar a estes objectivos, a FNE indicou caminhos como a "discussão pública, a negociação e a concertação".

O Ministério da Educação divulgou terça-feira as listas de colocação de professores nas escolas no âmbito do concurso de mobilidade interna e contratação inicial.

Este ano, 7306 docentes foram colocados nas escolas, mais 500 do que no ano anterior, segundo a tutela.

A tutela afirma ainda que, no que diz respeito a horários completos, "todos os horários solicitados pelas escolas foram já preenchidos pelos professores colocados nesta fase, de acordo com as preferências manifestadas pelos mesmos", e que estão "reunidas todas as condições para um regular início do ano lectivo".

Em resposta à agência Lusa, o ME indicou, no entanto, que estão ainda por preencher cerca de 150 horários inferiores a oito horas, os quais serão ocupados em contratação de escola.

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