Fenprof vai recorrer a Costa por causa de professores contratados

Federação acusa Ministério da Educação de deixar de fora do concurso de vinculação extraordinária mais de 800 contratados que tinham os requisitos para entrar no quadro.

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Fenprof acusa ministério de falta de transparência LUSA/TIAGO PETINGA

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai recorrer ao primeiro-ministro, António Costa, para que se resolva o que considera ser uma “ilegalidade” no concurso de vinculação extraordinário de professores contratados, que está ainda a decorrer.

Numa nota enviada à comunicação social, a Fenprof explica esta decisão com a recusa do Ministério da Educação em tentar resolver a situação numa “reunião técnica” que decorreu nesta quinta-feira. Este encontro foi marcado na sequência da reunião desta terça-feira com o ministro da Educação.

Em causa estão 825 vagas que, segundo a Fenprof, deveriam ter sido abertas no concurso de vinculação extraordinária por existir um igual número de professores que reúnem os critérios fixados pelo Ministério da Educação, mas que não foram contemplados na lista elaborada pelo Ministério da Educação, que prevê 3019 lugares no quadro a serem preenchidos por contratados.

Segundo a Fenprof, na reunião de dia 6 de Junho a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, tinha-se comprometido “ a ‘picar um a um’ os nomes dos professores que reuniam os requisitos estabelecidos para abertura de vagas de vinculação extraordinária e verificar se todas essas vagas tinham, de facto, sido abertas”.

Terá sido para esse efeito que foi marcada a reunião desta quinta-feira. Mas neste encontro os representantes do Ministério da Educação “recusaram fazer essa verificação de situações, limitando-se a repetir as justificações que já tinham sido antes dadas, alegando um inusitado sigilo relativamente aos candidatos”, revela a federação, que acusa o ministério de “falta de transparência”.

Num primeiro momento, a Fenprof tinha calculado em 865 as vagas que tinham ficado esquecidas, mas depois de uma primeira justificação do ministério desceu este valor para 825. É este o número de professores que “deveriam vincular e não vincularão”, denuncia.

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