Estudantes de Oliveira do Hospital insistem em respostas do ministério sobre amianto

Após terem sido recebidos a 1 de Fevereiro no ministério, e verificada a ausência de qualquer evolução no assunto, a 26 de maio, os representantes da associação ameaçaram encerrar a escola durante a época de exames.

Os estudantes de Oliveira do Hospital insistiram este sábado no pedido de esclarecimento do Ministério de Educação acerca da retirada do amianto de uma das suas escolas, exigindo respostas até terça-feira, e adiaram a acção de protesto.

Num texto enviado por correio electrónico para o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues e divulgado este sábado, a Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital pede "o cabal conhecimento e esclarecimento sobre todo o processo de remoção do amianto" da instalação da sede e quer saber a data em que será realizada a operação.

Após terem sido recebidos a 1 de Fevereiro no ministério, e verificada a ausência de qualquer evolução no assunto, a 26 de maio, os representantes da associação ameaçaram encerrar a escola durante a época de exames.

O objectivo era chamar a atenção para o problema da presença de amianto na escola, uma substância presente em vários edifícios públicos e que, quando em mau estado de conservação, pode ser cancerígena.

Agora, apesar do ministro ou secretários de Estado não terem aceitado o convite para visitarem a escola, os responsáveis da associação de estudantes comprometem-se a "não avançar com qualquer protesto e a fechar este assunto apenas e só se estas quatro questões forem respondidas até ao próximo dia 14 de Junho [terça-feira], inclusive".

As quatro perguntas referem-se ao esclarecimento acerca do desenvolvimento do processo, à data do início das obras de retirada do amianto, à identificação dos elementos que constituem uma equipa que prepara a intervenção na escola e ao convite para que o ministro ou secretários de Estado visitem a escola sede do agrupamento.

Em resposta a questões de vários grupos parlamentares, o gabinete do ministro disse, segundo a associação de estudantes, que "a intervenção na Escola Secundária de Oliveira do Hospital está a ser preparada, a nível técnico, por uma equipa constituída por membros do Ministério da Educação, da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e da direcção do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital".

A associação de estudantes enviou cópias do texto endereçado ao gabinete do ministro da Educação, ao primeiro-ministro, assim como a várias entidades, da Assembleia da República - comissão desta área, grupos parlamentares e partidos com assento parlamentar -, aos sindicatos de Educação, à associação ambientalista Quercus, Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e órgãos de Comunicação Social.

Na quarta-feira, no final da reunião extraordinária dedicada ao ambiente, o ministro que tutela esta área, João Matos Fernandes, anunciou que o Governo vai dar prioridade à retirada do amianto dos edifícios públicos que apresentem projectos com garantia de aumento da eficiência energética.

"Existem 2000 edifícios públicos ainda com amianto" e sem alocação de fundos para os trabalhos para a sua retirada, disse o ministro do Ambiente, acrescentando que "a priorização dos investimentos está por fazer e cabe a cada ministério promover as obras para a eficiência". 

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