Doentes de Ortopedia do Algarve podem ser tratados em Lisboa e Setúbal

Protocolo dá seguimento ao compromisso do ministro da Saúde de acabar com as "dificuldades inaceitáveis" que a falta de médicos tem provocado na região.

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O ministro comprometeu-se a transferir para outras zonas do país os doentes em lista de espera "inapropriadas" Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Os utentes do distrito de Faro que necessitem de assistência médica na especialidade de Ortopedia podem, agora, ser tratados nos Centros Hospitalares Lisboa Norte, Lisboa Central ou Setúbal, informou nesta quarta-feira a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.

"O Centro Hospitalar do Algarve, em estreita articulação com estas unidades hospitalares [algarvias], providenciará, sempre que necessário, os meios e o apoio indispensável para que os seus utentes sejam devidamente transferidos para as instalações destas unidades de acordo com a escala semanal rotativa", de acordo com a mesma nota de imprensa.

O compromisso para "colmatar as insuficiências de capacidade assistencial no Centro Hospitalar do Algarve" foi assinado na terça-feira entre os presidentes dos Conselhos de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e dos três Centros Hospitalares da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

O ministro da Saúde comprometeu-se em 11 de Março, numa deslocação a Faro, a acabar até 31 de Maio com as "dificuldades inaceitáveis" que a falta de médicos no Algarve tem provocado na região, assegurando a transferência para outras zonas do país dos doentes em lista de espera "inapropriadas".

Adalberto Campos Fernandes precisou na altura que "qualquer doente [no Algarve] que esteja em lista de espera inapropriada tem a possibilidade, se assim o desejar, de ser tratado em Lisboa".

Os hospitais públicos no Algarve sofrem, há vários anos, com a escassez de profissionais da saúde em diversas especialidades.

Essa falta de médicos, entre outros profissionais, fez com que os responsáveis pela Saúde no Algarve tenham mesmo sugerido que se deviam cancelar provas desportivas na região durante o fim-de-semana, com receio da ocorrência de acidentes que viessem a necessitar de cuidados de médicos ortopedistas inexistentes.

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