Criança de dois anos morre depois de cair de sexto andar

O acidente aconteceu este domingo, na Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira.

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A queda ocorreu na praceta da zona do siloauto da Póvoa de Santa Iria DR

Uma criança de dois anos morreu, neste domingo, depois de cair do sexto andar de um prédio, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira. O alerta para o 112 foi dado às 10h51 e o óbito da criança, do sexo masculino, foi verificado no local. O acidente deu-se num edifício da Rua Padre Manuel Duarte e a criança caiu por uma janela das traseiras do prédio, para a zona da praceta situada em frente do siloauto da Póvoa de Santa Iria, no topo da Avenida Ernest Solvay.

No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Santa Iria, a tripulaçáo da VMER (Viatura de Emergência e Reanimação) do Hospital de Vila Franca de Xira e uma equipa de psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), assim como elementos da Polícia de Segurança Pública.

De acordo com António Carvalho, comandante dos Bombeiros da Póvoa de Santa Iria, a criança foi recolhida por familiares, que também entraram em contacto com a linha de emergência 112. “Uma avó terá ido buscar a criança lá abaixo e levou-a para casa. Quando nós [bombeiros] chegámos e quando chegou a VMER, a criança já estava em casa. Ainda se fizeram as manobras de reanimação, mas já não havia nada a fazer”, explicou o responsável operacional, frisando que a queda deu-se do último piso deste prédio (lote 2) e que no apartamento em causa estariam dois irmãos (com 2 e 4 anos de idade) acompanhados por familiares.

Fonte do INEM acrescentou que, quando a equipa médica chegou ao local, a criança encontrava-se em paragem cardiorrespiratória. A PSP tomou conta da ocorrência e vai desenvolver o respectivo inquérito para apurar as condições em que se deu a queda da criança.

No relatório Quedas em Crianças e Jovens. Um estudo retrospectivo (2000-2013), apresentado em Novembro de 2014, a Associação para a Promoção da Segurança Infantil afirmava que, no período considerado, “pelo menos 109 crianças e jovens morreram na sequência de uma queda e mais de 60.500 tiveram de ser internadas”.

A associação sublinhava que, “em muitos casos, o tipo de queda associada a estes acidentes não é conhecida”. Ainda assim, a partir das situações em que se dispunha daquela informação (o que aconteceu em 49% das mortes e 32% dos internamentos), foi possível identificar as quedas de edifícios e de outras estruturas como aquelas que mais mortes e internamentos provocaram. A maior parte destes casos aconteceu com crianças até aos nove anos, em casa e na escola e está associada a varandas e janelas.

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