Comunidade escolar vai analisar alegada homofobia em escola de Vagos

Duas alunas terão sido repreendidas por se terem beijado. Federação das associações de pais de Lisboa diz que a direcção da escola violou a Constituição.

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Inspecção-Geral da Educação está a investigar o caso Paulo Pimenta

O Conselho Geral do agrupamento de escolas de Vagos vai reunir no início da próxima semana para discutir o caso de alegada homofobia na escola secundária local, disse nesta sexta-feira à agência Lusa fonte deste órgão.

O conselho é responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade do agrupamento de escolas e é composto por representantes do pessoal docente e não docente, pais, alunos e ainda da autarquia e da comunidade local.

O caso, cujas circunstâncias estarão a ser apuradas também pela Inspecção-Geral da Educação na sequência de denúncias públicas, surgiu quando duas alunas terão sido repreendidas pela direcção da escola por estarem a beijar-se no recinto do estabelecimento de ensino.

Numa nota à comunicação social, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais considera que o que aconteceu em Vagos viola a Constituição portuguesa e exige que “seja apurada a verdade dos factos e que quem não cumpriu a lei sofra as consequências dos seus actos”. “As ilegalidades não podem continuar a passar impunes”, frisa, acrescentando que a alegada discriminação de que as alunas foram vítimas “contradiz em tudo o que se defende para a escola de uma sociedade democrática.”

Tanto o PS, como o Bloco de Esquerda questionaram o Ministério da Educação sobre a posição da direcção da escola secundária. "Caso os factos se confirmem, que medidas e diligências tomou ou irá tomar o Ministério da Educação para salvaguardar o direito das alunas e alunos desta escola a não serem discriminados em função da respectiva orientação sexual?", questionaram deputados socialistas.

A direcção da escola tem-se manifestado indisponível para comentar a situação.A autarquia remeteu-se também ao silêncio.

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