Cinco sugestões de leitura: da hora de ser criança à ansiedade das redes sociais

Cinco jornalistas do PÚBLICO deixam cinco sugestões que valem a pena ler na imprensa internacional. O “Brexit”, o contágio da vida real, as infâncias contrastantes, as preocupações ambientais e o futebol que se lê.

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Crianças chinesas praticam um exercício de segurança numa escola primária de Handan, província de Hebei Reuters/CHINA STRINGER NETWORK

 

O dia depois do “Brexit”

Biography

 

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Teresa de Sousa, redactora principal

No dia seguinte ao “B Day”, vale mesmo a pena pensar em ler alguma coisa que leve directamente aos laços históricos que nos ligam à Inglaterra e ao Reino Unido. Duram desde o século XIV e ajudam a perceber o nosso país e os seus nove séculos de vida. Curiosamente, ou talvez não, as melhores historiografias ou biografias sobre esse passado comum são escritas por historiadores britânicos. Hoje sugiro-lhe que vá a um site britânico e escolha uma biografia do Infante D. Henrique. Não é urgente. Se puder, compre e, se tiver tempo, leia. Vai ver que não se arrepende. Ler

Quando o mundo online condiciona o offline

ResearchGate

 

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Lurdes Ferreira, editora executiva

A discussão sobre o ódio, as ameaças, os trolls e as notícias falsas em que as redes sociais mergulharam tornou-se tão dominante que quase fez esquecer como nos autocensuramos, condicionados pela imagem que queremos projectar, quando “postamos” para uma audiência que não controlamos e nos faz sentir vigiados. Esse condicionamento tem sido estudado. O trabalho de quatro académicos das universidades de Edimburgo, Birmingham e Bath, e um grupo de estudantes vem mostrar que esse efeito já se alargou à vida offline, real. Temos medo do que possa aparecer nas redes e até confiar nos amigos parece ser mais difícil. Com entrevista ao coordenador do estudo, Ben Marder. Ler

A hora de ser criança

El País

 

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Romana Borja-Santos, Jornalista de Sociedade

Os trabalhos que nos contam o que levam as mulheres para o parto nos vários países e como dormem ou o que comem as crianças de todo o mundo não são inéditos. Mas o choque dos contrastes tem – quase sempre – efeito imediato. O fotógrafo James Mollison já tinha eternizado alguns destes momentos no seu trabalho Where Children Sleep, comprovando as diferenças sociais na hora de ir dormir em vários pontos do mundo. O El País publica uma nova galeria de imagens do mesmo autor, num projecto a que deu o nome de Playground. O contraste também é conseguido. Mas aqui as fotografias conseguem unir os meninos de todo o mundo na hora do recreio. Independentemente do que os leva à escola. Não interessa se o recreio é no topo de um edifício, como em Tóquio, por falta de espaço. Ou se as crianças no Butão vão à escola apenas para ter garantida uma refeição. Tampouco se o recreio no Quénia é escaço para tantas cabeças. Ou se os muros são muito altos, para proteger os alunos das balas na Cisjordânia. Na hora do recreio, há tempo para ser criança. Mas este intervalo não é suficiente para deixarmos de ficar inquietos. Ver

Paris, Londres e Seul com preocupações ambientais

Libération

 

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José J. Mateus, editor de fecho

A poluição do ar atormenta diariamente as grandes cidades e não precisamos de olhar para as metrópoles chinesas, onde a concentração de partículas finas ultrapassa em muito a concentração máxima recomendada pela OMS, para pensar que o problema não é global. É à procura de soluções para combater a poluição atmosférica que Paris, Londres e Seul anunciaram em conjunto a criação de um sistema que terá por base as emissões reais dos automóveis. Objectivo: informar os consumidores e levar os construtores a produzir carros menos poluentes. Será atribuída uma nota a cada carro em função das emissões que faz em tempo real com recurso a detectores instalados nas ruas destas cidades e em diferentes modelos das marcas. Ler

O futebol que se lê

Panenka

 

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Hugo Daniel Sousa, editor online

Lembra-se de Youri Djorkaeff? Esse mesmo, campeão do mundo pela França, antigo futebolista do Mónaco, PSG e Inter, entre outros. Djorkaeff nasceu em França, mas faz parte de uma história de emigração e refugiados. Os avós fugiram do genocídio na Arménia e começaram do zero nos arredores de Lyon. A revista espanhola Panenka — que se distingue pela forma diferente como aborda os temas, bem expressa no seu manifesto —, conta-nos a história desta comunidade em França e de como o futebol também teve um papel na integração destes refugiados. O mote da Panenka é “o futebol que se lê”. E se ler esta reportagem, verá como esse futebol lido pode ser tão rico e belo como aquele que é jogado dentro de campo. Ler

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