Cheney apoia a decisão de Bush sobre o Protocolo de Quioto

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Os Estados Unidos são um dos países que ultrapassam os níveis de emissões de CO2 DR

O vice-presidente norte-americano, Dick Cheney, apoiou ontem a posição do Presidente George W. Bush sobre as questões ambientais, nomeadamente a rejeição do Protocolo de Quioto, sobre as alterações climáticas.

No programa "Meet the Press" da NBC, Cheney afirmou que o seu Governo está "preocupado com o aquecimento climático", apesar de ter anunciado, a 29 de Março, que não ratificará o Protocolo de Quioto, a fim de preservar a economia norte-americana."Estamos a rever todos os dados científicos sobre este assunto e elaboraremos um bom programa, sólido, agressivo, para tratar a questão das emissões de gás carbónico", assegurou o vice-presidente norte-americano.
Cheney considerou ainda que "Quioto já estava morto", porque "o Protocolo só poderia ser aplicado após a sua ratificação por 55 Estados e, até ao momento, só a Roménia o assinou".
O número dois dos Estados Unidos defendeu igualmente a decisão do seu executivo de anular vários decretos do ex-Presidente Bill Clinton sobre questões ambientais, por os considerar demasiado dispendiosos.
Cheney adiantou ainda que o Governo norte-americano tentará aumentar as suas capacidades em matéria de energia nuclear - "uma das indústrias mais seguras que existem" - uma vez que o nuclear fornece actualmente 20 por cento da energia nacional.
"Quero que a sua parte [do nuclear] aumente porque é uma forma de tratar a questão do aquecimento climático, das emissões de gás e do efeito de estufa. Com a energia nuclear, não há emissões de dióxido de carbono", sublinhou.
O protocolo de Quioto foi assinado no Japão em 1997 com o objectivo de travar o aquecimento global decorrente do efeito de estufa gerado pela poluição mundial. O tratado impõe aos países desenvolvidos cortes significativos na emissão de gases poluentes, nomeadamente de dióxido de carbono (CO2). A ratificação do documento pelos países mais ricos e industrializados está em perigo, depois do Presidente norte-americano, George W. Bush, ter colocado em causa o seu cumprimento.

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