Casa Pia: Defesa de Ferreira Diniz acusa jornalista Felícia Cabrita de ter envolvido o médico no processo

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Ferreira Diniz poderá falar do caso em audiência hoje à tarde PÚBLICO (arquivo)

A defesa de Ferreira Diniz no processo de pedofilia da Casa Pia de Lisboa acusou hoje a jornalista Felícia Cabrita de ter "movido uma perseguição" ao seu cliente, que levou ao envolvimento do médico no escândalo.

O caso de abuso de menores na instituição surgiu após uma investigação de Felícia Cabrita publicada no semanário “Expresso” em Novembro de 2002.

Hoje, na fase de réplicas às alegações finais do julgamento, a decorrer no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, a advogada Maria João Costa não esclareceu em que fundamenta a acusação à jornalista, admitindo que o seu cliente poderá falar do caso em audiência hoje à tarde.

A advogada citou ainda o nome de Alexandre Esteves, uma pessoa que estará envolvida no processo em moldes que não precisou, lamentando que "tenha desaparecido" e nunca tenha deposto neste processo.

Ferreira Diniz disse depois, à saída do Tribunal, que a situação relacionada com essa pessoa envolve factos de que teve conhecimento enquanto clínico, tendo solicitado já em 2004 autorização à Ordem dos Médicos para poder quebrar o sigilo profissional.

"São factos graves que envolvem pessoas importantes", acrescentou, escusando-se a avançar mais pormenores ou nomes e remetendo a decisão de o fazer ou não para a sua advogada.

O processo de abuso sexual de alunos da Casa Pia, cujo julgamento decorre há mais de quatro anos, tem ainda como arguidos o apresentador de televisão Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto, o advogado Hugo Marçal, o antigo motorista casapiano Carlos Silvino, o ex-provedor-adjunto da instituição Manuel Abrantes e Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas apontada como local de encontros sexuais.

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