Prisão preventiva para homem suspeito de recrutar para o Daesh em Portugal

Homem que viveu em Aveiro foi interrogado nesta quinta-feira por um juiz. Terá estado envolvido na actividade do Daesh e é suspeito de “crimes de adesão e apoio a organização terrorista internacional”.

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Fábio Augusto

Um homem, de 63 anos, suspeito de estar envolvido numa organização terrorista internacional ficou em prisão preventiva, depois de ser interrogado durante a tarde desta quinta-feira pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Abdessalam Tazi, de nacionalidade marroquina, foi detido na Alemanha na sequência de um mandado de detenção internacional emitido pelo Ministério Público português. A sua extradição para Portugal aconteceu depois de cumprir na Alemanha uma pena de prisão por crimes económicos, confirmou fonte policial.

Em Portugal, país que lhe concedeu asilo político, é suspeito de “crimes de adesão e apoio à organização terrorista internacional” Daesh, informou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República em comunicado ao qual se seguiu outro, já esta noite, no qual confirmou a aplicação da prisão preventiva. Esta medida de coacção, apurou o PÚBLICO, foi fundamentada com o perigo de fuga e o perigo de continuação da actividade criminosa.

Estava a ser investigado há mais de dois anos

O suspeito estava a ser investigado pelas autoridades portuguesas desde 2015 e durante estes anos a Polícia Judiciária recolheu - confirmou também em comunicado - indícios "que ligam dois homens de nacionalidade estrangeira ao terrorismo internacional".

Aliás, Abdessalam Tazi chegou a viver em Aveiro com Hicham el Hanafi, o jovem de 26 anos ao qual Portugal também concedeu asilo político e que acabou detido em França, em Novembro de 2016. Hanafi foi detido com outros seis suspeitos jihadistas, de nacionalidade francesa e afegã, durante uma operação levada a cabo em Estrasburgo e Marselha.

A investigação deste caso está a cargo da Unidade Nacional contra Terrorismo da Polícia Judiciária e o inquérito-crime está a ser desenvolvido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

 

 

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