ASAE diz-se pronta a intervir se ovos contaminados chegarem a Portugal

Comissão Europeia confirmou que ovos contaminados com fipronil foram detectados, até ao momento, em 15 países da União Europeia, na Suíça e em Hong Kong.

Foto
Portugal não é, "até ao momento", referido "como tendo sido abrangido por alguma comercialização directa ou indirecta, quer de ovos quer de produtos à base dos mesmos" LUIS EFIGENIO

A autoridade que fiscaliza as actividades económicas, a ASAE, garantiu nesta sexta-feira à Lusa que está atenta e pronta a intervir no terreno caso sejam detectados em Portugal ovos contaminados com pesticida fipronil. "A ASAE está alerta para a situação e preparada para intervir no terreno caso haja informação que o justifique", referiu a entidade numa resposta enviada à Lusa.

Esta semana, a Direcção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, já tinha feito saber, também em informação citada pela Lusa, que os ovos identificados na Holanda com um pesticida tóxico não estão à venda em Portugal.

A Comissão Europeia confirmou nesta sexta-feira que ovos contaminados com fipronil foram detectados, até ao momento, em 15 países da União Europeia, na Suíça e em Hong Kong e anunciou que irá reunir-se com representantes destes países a 26 de Setembro.

O comissário da Saúde, Vytenis Andriukaitis, tinha anunciado a intenção de convocar "uma reunião de alto nível, reunindo os ministros [dos países] visados e os representantes das agências de segurança alimentar de todos os Estados-membros implicados", assim que sejam conhecidos os factos relevantes.

Também o ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, anunciou que mais de 200.000 ovos contaminados com fipronil, importados da Bélgica e da Holanda, foram "colocados no mercado" em França desde Abril.

De acordo com a ASAE , a comunicação da contaminação de ovos com o pesticida fipronil foi emitida no sistema de alerta rápido em rede (RASFF) a 20 de Julho, pelas autoridades belgas, na sequência de uma acção de controlo oficial de mercado.

"Até à presente data encontram-se inseridos na plataforma iRASFF, 100 comunicações de follow-up (adicionais) que referem como países relacionados com o produto contaminado os seguintes: Áustria, Bélgica, Suíça, Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unido, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Roménia, Suécia, Eslovénia, Eslovaca, e ainda como país terceiro Hong Kong", esclarece a ASAE.

Segundo esta entidade, Portugal não é, "até ao momento", referido "como tendo sido abrangido por alguma comercialização directa ou indirecta, quer de ovos quer de produtos à base dos mesmos".

A autoridade de fiscalização das actividades económicas acrescenta ainda ter tido conhecimento de "uma informação veiculada pela embaixada de Portugal em Haia, na qual também não é referida qualquer situação de envio do produto em apreço para Portugal".

A "crise" dos ovos contaminados iniciou-se a 20 de Julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detectado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas foi só a 3 de Agosto que as autoridades holandesas avisaram que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Sugerir correcção
Comentar