Pelo menos uma das seis armas de guerra roubadas em Agosto de 2011 da base naval do Alfeite (Base Naval de Lisboa), em Almada, foi usada nas últimas semanas para assaltos violentos e roubos de viaturas nas regiões da Grande Lisboa e Santarém.

A PSP anunciou nesta quinta-feira o desmantelamento do que se presume ser o núcleo duro deste grupo de assaltantes, com a detenção de quatro homens e a apreensão de três metralhadoras, uma pistola 6,35 milímetros e cinco viaturas. Trata-se, segundo a PSP, de um dos grupos mais perigosos de assaltos à mão armada a operar na Área Metropolitana de Lisboa.

Os quatro homens agora detidos são suspeitos de terem cometido, nas últimas semanas, pelo menos três roubos de viaturas (carjacking) com recurso a metralhadora em Alverca, Lisboa e Santarém. Todos serão presentes amanhã ao juiz de instrução criminal do Tribunal de Loures, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coacção.

"Temos a convicção de que desmantelámos o grupo, que actuava de forma violenta, e a certeza de que estas armas não voltarão a ser utilizadas na prática de mais crimes", disse nesta quinta-feira o comandante da divisão da PSP de Loures, Jorge Resende da Silva, durante uma conferência de imprensa em que foi possível ver cinco armas, uma viatura e diverso material apreendido durante as buscas.

Os quatro detidos têm idades entre 25 e 44 anos. Foram presos na zona de Rio Maior na posse de três armas de guerra: uma metralhadora HKG36 com 30 munições, uma metralhadora tipo UZI com carregador e uma AK47 (também conhecida como Kalashnikov) com o carregador municiado. Uma das armas pertencia ao grupo de seis roubadas há cerca de ano e meio da base naval do Alfeite, apesar de nenhum dos homens ser militar.

Durante as buscas levadas a cabo na Grande Lisboa e no distrito de Santarém, as autoridades apreenderam, além das três armas de guerra, uma pistola de alarme e uma espingarda de ar comprimido com mira telescópica. Foram também confiscados cinco automóveis, peças de viaturas desmanteladas que haviam sido furtadas, rebarbadoras, luvas, telemóveis, computadores e outro material utilizado pelo grupo na alegada actividade criminosa.

A PSP diz que a investigação do caso, iniciada há alguns meses, vai continuar.