Apreensão de 32 quilos de cocaína pela PJ nos arredores do Porto

A droga estava armazenada no fundo falso de frigoríficos. Cinco estrangeiros foram detidos por suspeita de tráfico.

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A cocaína tinha sido depositada num armazém de uma empresa que não estava no mercado Nuno Ferreira Santos/ARQUIVO

A apreensão de 32 quilogramas de cocaína pela Polícia Judiciária (PJ) foi anunciada esta segunda-feira mas resultou de uma operação que decorreu na quinta-feira passada nos arredores do Porto, num armazém que servia para descarregar a droga. A PJ divulgou ainda que tinham sido detidos cinco estrangeiros que utilizariam fruta para colocar a droga na Europa.

A revelação foi feita esta segunda-feira em conferência de imprensa pelo coordenador de investigação criminal da secção regional de estupefacientes da Directoria do Norte da PJ, Arnaldo Silva e da qual resultou a tal detenção de cinco estrangeiros suspeitos de tráfico de estupefacientes e que desde sexta-feira foram presentes ao juiz.

A droga estava armazenada no fundo falso de contentores frigoríficos, onde era transportado "xuxu e mandioca" e que foram "depositados num armazém nos arredores do Porto, propriedade de uma empresa unipessoal entretanto criada mas que não estava no mercado", acrescentou o responsável da PJ.

"O proprietário da empresa, um cidadão estrangeiro, foi detido em flagrante delito, enquanto os restantes quatro foram fora de flagrante delito", descreveu.

A detenção resultou da acção conjunta da unidade de combate ao crime organizado da Galiza da Guarda Civil espanhola e da PJ, "cuja intervenção ocorreu a partir de Outubro de 2016", disse Arnaldo Silva que teve a companhia na conferência de imprensa de Manuel Basante e Diego Suárez, daquela unidade em Espanha.

Em comunicado, a PJ, através da Directoria do Norte, referia que as detenções ocorreram no âmbito de uma investigação conjunta com a Guarda Civil espanhola "a um grupo organizado que pretendia fazer entrar na Europa, através de Portugal, grandes quantidades de produtos estupefacientes, utilizando para o efeito o circuito comercial de importação e exportação de fruta e produtos hortícolas".

A mercadoria entrou em Portugal "através do porto de Leixões" sendo que a fruta importada "nunca entrou no mercado nacional", encontrando-se ainda no "armazém quando, a propósito da segunda descarga, a PJ interveio e apanhou os traficantes", revelou o coordenador.

"Estamos a falar de pessoas conhecidas na área criminal em Espanha e Portugal", disse Arnaldo Silva sem divulgar a nacionalidade dos detidos nem o país da América Latina de onde provém a droga "que deveria depois seguir por via terrestre, talvez em carrinhas, para o mercado europeu via Espanha".

De acordo com a PJ, os cinco homens suspeitos, dos quais um foi detido em flagrante delito, têm idades compreendidas entre os 38 e os 50 anos.

Do mesmo modo, a PJ não divulgou o grau de pureza dos estupefacientes, agradecendo à Autoridade Tributária, através Alfândega do Porto de Leixões "a colaboração prestada à PJ" numa operação que envolveu "cerca de dez inspectores".

"Trata-se de um grupo que tem uma grande organização e onde cada um sabia o seu papel", disse dos grupos de detidos que foram presentes ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal do Porto. 

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