Apoios sociais: Madeira considera "lamentável" receber menos 16 milhões do que os Açores

Região Autónoma da Madeira recebe 38,7 milhões de euros do Orçamento do Estado.

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HOMEM DE GOUVEIA

A secretária regional da Inclusão e Assuntos Socais da Madeira, Rubina Leal, disse nesta quinta-feira, no Funchal, que é "lamentável" a região receber do Estado menos 16 milhões de euros do que os Açores para apoiar instituições de solidariedade social.

A governante indicou que a Região Autónoma da Madeira recebe 38,7 milhões de euros do Orçamento do Estado, no âmbito dos acordos de cooperação com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), ao passo que os Açores beneficiam de 54,7 milhões.

"Temos pedido, por diversas vezes, o reforço desta rubrica, não para que o governo desenvolva as suas políticas, mas para que passe para as instituições mais responsabilidades, porque elas são mais eficazes e mais eficientes no trabalho junto da comunidade", afirmou, realçando que "isso não tem acontecido e é lamentável".

Rubina Leal falava no decurso do II Encontro Anual do Banco Alimentar Contra a Fome, que este ano assinala cinco anos de presença na Madeira. "Temos perfeita consciência de que, aquando dos períodos de crise, são sobretudo as instituições de solidariedade que acabam por apoiar directamente as pessoas e o Banco Alimentar tem um trabalho com muito valor na distribuição alimentar junto das instituições", vincou.

A presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet, explicou, por seu lado, que, em cinco anos de presença na Região Autónoma da Madeira, a instituição fez um percurso que lhe permite, actualmente, entregar alimentos a 52 instituições, que os levam à mesa de cerca de 10 mil pessoas com carências comprovadas.

"O Banco Alimentar recolhe alimentos na Madeira e no Porto Santo e entrega-os a instituições e são essas que, depois, podem promover projectos de autonomização junto das pessoas e das famílias que recebem o apoio", disse, acrescentando que os principais factores que geram necessidade e fazem com que muitas pessoas procurem ajuda nas instituições são o desemprego e a idade. 

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