Ainda há 13 feridos internados em hospitais

Administração de Saúde do Centro recomenda a todas as pessoas afectadas pelo incêndio que voltem ao médico de família para serem "reavaliadas".

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As autoridades de saúde pedem que todas as vítimas "voltem ao seu médico de família para serem reavaliadas" Adriano Miranda

Dos mais de 200 feridos contabilizados inicialmente, há 13 que continuam internados em hospitais portugueses, sete dos quais no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Uma mulher que ficou queimada e que esteve internada em Coimbra pediu recentemente para ir para França para poder estar perto da família e um outro ferido foi transferido para um hospital de Valência (Espanha) para aí tentar um transplante de pele. Mas ambos continuam a ser seguidos pelas autoridades de saúde portuguesas, garante o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, José Tereso. Há ainda dois doentes internados no Hospital de Santa Maria (Lisboa), mais dois no Hospital de S. João (Porto) e um bombeiro continua no Hospital da Prelada (Porto).

José Tereso pede a todas as pessoas vítimas do incêndio e que estão inscritas em toda a vasta região afectada que "voltem ao seu médico de família para serem reavaliadas" e revela que a ARS do Centro, em conjunto com vários parceiros, vai avançar com um estudo em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra para investigar o impacto do incêndio na saúde das populações. A ideia é identificar “os riscos para a saúde" nesta que foi a zona mais afectada pelo incêndio que deflagrou a 17 de Junho, de forma a poder depois avançar com "medidas correctivas e preventivas na defesa da saúde das populações".

Pretende-se avaliar a saúde pulmonar da população afectada pelos incêndios, através de espirometrias e outros exames complementares de diagnóstico, mas não só. O estudo integrará várias investigações, nomeadamente sobre a "morbi-mortalidade [do foro respiratório, cutâneo, oftalmológico, cardíaco, psíquico e outros]", além da função respiratória e cardiovascular, disse à agência Lusa. Pretende-se também perceber qual foi o impacto no solo e alimentos, a qualidade do ar e a qualidade da água de consumo.

O trabalho será levado a cabo a partir de uma amostra aleatória da população nos três concelhos mais afectados. As espirometrias devem começar a ser feitas em Setembro.

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