Adesão a serviços de saneamento deverá ser obrigatória

Posição é defendida pela associação ZERO, que revela quais os dez municípios portugueses que pior serviço prestam nesta área.

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Apenas um terço dos municípios apresenta taxas de cobertura dos serviços de saneamento superiores a 90% Diogo Baptista

A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável defendeu neste sábado, Dia Nacional da Água, que se pondere uma “eventual alteração à legislação que obrigue à adesão aos serviços” de saneamento (recolha e drenagem de águas residuais), sempre que estes sejam disponibilizados pelas autarquias.

Em comunicado, a ZERO revela que a utilização efectiva do serviço pelos munícipes é de 87,9%, mas frisa que “esta média esconde realidades muito distintas”, existindo 22 municípios com taxas de adesão inferiores a 70%, 11 dos quais encontrando-se mesmo a níveis inferiores a 60%.

Com base nos dados disponíveis no último Relatório Anual dos Serviços de Água e Resíduos em Portugal, a ZERO elaborou um ranking com os municípios que pior serviço prestam aos seus munícipes nesta área. Para a elaboração desta listagem, foram tidos em conta a informação relativa à disponibilização, pelos municípios, dos serviços de saneamento e a adesão por parte da população. Os municípios com pior desempenho global são, segundo a ZERO, Sever do Vouga, Oliveira de Azeméis, Paredes de Coura, Vouzela, Vieira do Minho, Porto de Mós, Penafiel, Castro Daire, Arcos de Valdevez e Monção.

“Os resultados obtidos através desta análise demonstram que, apesar dos investimentos efectuados e dos progressos alcançados nas últimas décadas na área do saneamento, as disparidades existentes no território de Portugal Continental são demais evidentes e que subsistem situações em que são efectivamente necessários investimentos em infra-estruturas de saneamento”, frisa a associação, que resulta de uma cisão da Quercus.

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