Cartas ao director

Serviço público de segunda?

 

Política a quanto obrigas! O nosso querido e politicamente correcto PR Marcelo Rebelo de Sousa, não esteve bem ao defender em público que "não é possível nem desejável pagar aos administradores de um banco com fundos públicos, o mesmo valor que aos administradores de um banco privado". Pessoas ligadas à intervenção ou resolução de bancos, aqui e no estrangeiro, podem ter entendido que o PR quis defender que um banco sob intervenção do Estado tem de ser parcimonioso na remuneração dos seus gestores. E no caso em apreço da CGD, o governo até o terá sido, pois ouvi referir que foi decidido um valor pela mediana dos valores praticados nos outros bancos, e não o valor mais elevado. Mas a mensagem do PR, para a generalidade dos portugueses, vai parecer que tudo o que é privado (educação, saúde, administração) será sempre mais bem pago, perspectivando serviços de melhor qualidade. O que é público, será menos remunerado, favorecendo um serviço de inferior qualidade. Sei que não foi isto que o PR pretendeu, mas lá que a mensagem o deu a entender, deu mesmo. Às vezes, o falar todos os dias, tem destas coisas...

Manuel Martins, Alandroal

 

CTT, Expresso, uma vergonha

O serviço "CTT Expresso" funciona muito mal, é muito caro (2 kg- 21,48 €) e não cumpre os prazos que estão previstos. Haviam-me dito que esse serviço  é, muitas vezes, mais lento do que o correio azul, mas não acreditei e mandei duas encomendas para a cidade da Horta que continham simplesmente castanhas para satisfazer um desejo de uma neta que fazia seis anos no passado sábado. As encomendas saíram da Senhora da Hora no dia 10 de Outubro e chegaram à Horta, uma no dia 18 e outra no dia 19 de Outubro quando segundo o que está estabelecido pelo CTT para este serviço a demora seria, no máximo de 4 dias, ou seja, na pior das hipóteses, as encomendas teriam de estar na Horta no passado dia 14. Tal não aconteceu e a minha neta ficou sem as castanhas de que tanto gosta. Dos CTT não me conseguiram explicar o porquê do sucedido nem o local exacto onde as encomendas ficaram paradas. "CTT Expresso"? Só por brincadeira tem este nome.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

 

Contribuição audiovisual

A Contribuição Audiovisual (CAV) para o grupo RTP representa um choque anual de 36 euros por cliente com contrato de fornecimento de electricidade. Os beneficiários da tarifa social contribuem com 12 euros anuais. Não há forma de evitar o pagamento: está incluída na factura da electricidade. Esta imposição é vergonhosa. O bolo CAV vai dar em 2017,mais de 640 mil euros por dia. A estação pública de televisão é um sorvedouro de dinheiro destinado aos numerosos programas pimba e pumba e a chorudos ordenados de apresentadores e administradores. A programação da RTP não vale dez réis de mel coado.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

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