Do 1.º ao 12.º ano de escolaridade

Este ano volta a haver Concurso Nacional de Jornais Escolares

Cresceu com o PÚBLICO na Escola e com ele regressa. Podem participar publicações em papel ou digitais. Não há tema obrigatório

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ADRIANO MIRANDA

Todos os que nas escolas básicas e secundárias se empenham na aventura que é fazer um jornal escolar têm agora um incentivo acrescido: com o PÚBLICO na Escola regressa também o concurso nacional que durante mais de 20 anos premiou e divulgou o que de melhor ia sendo publicado nos estabelecimentos de ensino portugueses.

O Concurso Nacional de Jornais Escolares, cujo regulamento será dado a conhecer em breve, está aberto à participação de jornais — em papel ou digitais — de escolas e agrupamentos de todos os níveis e ciclos da escolaridade obrigatória, do ensino público e do privado. No caso dos jornais impressos, terão de ter pelo menos três edições durante o ano letivo de 2019-20.

Desta vez, a edição do concurso não é subordinada a um tema. A ligação à atualidade — da escola e da comunidade, do país e do mundo — continua a impor-se como um dos principais critérios de valorização, mas os assuntos abordados são escolhidos pelos professores e pelos alunos.

Estimular o aparecimento das publicações escolares e contribuir para o aperfeiçoamento das existentes foi sempre enunciado como um dos objetivos basilares do PÚBLICO na Escola. Os propósitos mantêm-se: fomentar a prática de um jornalismo escolar crítico e imaginativo, alargando-o a um número maior de escolas e com redobradas preocupações de qualidade; aumentar a importância da utilização dos jornais escolares no processo de ensino/aprendizagem e na construção da identidade das escolas; fazer dos jornais escolares um instrumento cívico para a discussão de temas relevantes para a comunidade escolar e para a promoção de relações entre a escola e o meio; contribuir para o desenvolvimento da Educação para os Media.

“O Pipocas” e “Nova Maré”, os primeiros vencedores

Foi logo em 1991, um ano após o seu nascimento, que o PÚBLICO se associou ao jornal “Correio Pedagógico” na organização de uma iniciativa que contava já com três edições e que a partir dessa altura ganhou outra dimensão, impondo-se como uma das ações do projeto PÚBLICO na Escola com maior visibilidade, impacto e adesão. A primeira edição do concurso nos então novos moldes avaliou jornais publicados no ano letivo de 1991-92. Os vencedores foram “O Pipocas”, da Escola Básica do 1.º Ciclo de Benfeita, no concelho de Arganil, e o “Nova Maré”, da Escola Secundária n.º 1 do Seixal. Ambas as publicações deixaram entretanto de existir.

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Em dezembro de 1991, uma notícia do PÚBLICO explicava: “O concurso, sem precedentes em Portugal, pretende, ‘através de um regulamento mais orientado, estimular a elaboração de jornais escolares que não se resumam a redacções bonitas, sem qualquer noticiário sobre a escola e a sua relação com o meio, sem actualidade e, sobretudo, sem crítica, o que, em última instância, leva a pensar que a escola não tolera a crítica’, resumia Manuel Pinto, coordenador do projeto.

A “reedição da iniciativa” pretendia reforçar, “através de um regulamento ligeiramente diferenciado e de prémios superiores aos habituais, a descoberta das coisas espantosas que se fazem nas escolas ao nível dos jornais”.

Os prémios eram tudo menos simbólicos. Os primeiros classificados nas duas categorias a concurso recebiam 500 contos — um valor correspondente, na altura, a cerca de dez salários mínimos.